Chegou a vez do quadrinho brasileiro. Nunca antes ele esteve tão bem quanto hoje. Uma explosão criativa tem significado também o crescimento de vendas, e não só no Brasil. Vários autores já fazem sucesso internacional. Tungstênio (de Marcello Quintanilha) e Cumbe (de Marcelo D'Salete), por exemplo, não só encabeçam as diversas listas de melhores quadrinhos publicados no Brasil no último ano, mas também entraram para a celebrada lista de melhores quadrinhos do planeta elaborada pelo crítico inglês Paul Gravett. Estão sendo publicados em Portugal, Espanha, França... É neste cenário que surge esse Jockey, de André Aguiar e Rafael Calça, que mesmo em um cenário tão variado, causa surpresa. E a razão dessa surpresa são muitas: o desenho de André mostra uma maturidade impressionante para um desenhista que inicia a carreira de quadrinista, e só se explica se levarmos em conta sua longa experiência com animação. O roteiro que ele criou com Rafael, faz uma combinação de Sherlock Holmes, Conde de Monte Cristo e O Falcão Maltes, em uma São Paulo onírica, do início do século XX. Uma daquelas grandes aventuras com romance, ação e suspense.