A pesquisa em saúde mental, na interface com a saúde publica, tem se intensificado no Brasil, nos últimos dois anos. A rápida mudança que se vai observando no modelo de atenção, atingindo todas as regiões do país, de municípios muito pequenos a megalópoles, vem produzindo uma enxurrada de indagações e perplexidades. Não se trata apenas de avaliar o impacto da Reforma Psiquiátrica naquilo que de fato interessa, a equidade no acesso e a qualidade do cuidado em saúde mental no SUS, mas também de formalar e construir caminhos caminhos para pensar a clínica neste novo cenário da política pública. No projeto de Campinas -- parceria da Unicamp com o CNPq/MS, em colaboração coma a Universidade de Montreal -- outra contribuição corajosa e fundamental ao debate dos rumos da pesquisa brasileira em saúde mental, para além da discussão das metodologias qualitativas ou quantitativas mais adequadas, é apresentada aos leitores: a participação real e eficaz de trabalhadores e usuários como sujeitos da produção do conhecimento.