O italiano Andrea Pazienza precisou de pouco tempo para conseguir seu lugar entre os maiores artistas. da história dos quadrinhos. Aos 32 anos era já o quadrinista mais bem pago da Itália e estava em todas as melhores revistas de HQ do país. Era disputado pelos mais célebres músicos e diretores de cinema do país para fazer cartazes e capas de disco. Fez o cartaz de Cidade de Mulheres, de Fellini, por exemplo. Escrevia um novo fi lme com Roberto Benigni. Pazienza era uma espécie de rockstar. E acabara de lançar o que era considerado sua obra-prima- Os últi mos dias de Pompeo , que descreve os últi mos momentos de um arti sta viciado em heroína. Então, menos de um ano depois do lançamento de Pompeo, Pazienza é encontrado morto, víti ma de uma overdose de heroína. A tragédia só deu maior amplitude ao mito. Hoje o autor é cultuado como o símbolo de uma geração brilhante da cultura e do pensamento revolucionário italiano. Músicas, poemas, romances e fi lmes foram dedicados a ele. Ele dá nome a diversos centros culturais, escolas, teatros e bibliotecas. Uma praça em Roma tem seu nome, e uma rua em Nápoles. Os últi mos dias de Pompeo fi cou como se fosse uma espécie de autobiografi a. Mas é muito mais que isso- uma das obras mais impressionantes da história dos quadrinhos, na qual a erudição e virtuosismo se misturam com o humor mais alucinado. Uma obra prima.
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