A crise econômica, social e política atravessada pela Argentina em dezembro de 2001 foi uma das maiores da história recente do capitalismo. Ao colapso do plano que por dez anos havia estabelecido a paridade do peso com o dólar, seguiu-se o congelamento de conta-correntes e poupanças, cinco presidentes em dez dias, incêndios, 'panelaços', mortes, convulsões sociais e um grito uníssono: 'Que se vayan todos!'. A passagem do caos à recuperação foi uma tarefa coletiva sem precedentes, que implicou, em igual medida, o empenho de toda a sociedade e do governo. Em O desafio da vontade, o economista Roberto Lavagna relata, em primeira pessoa, os treze meses cruciais que passou à frente do Ministério da Economia e Produção. Entre abril de 2002 e maio de 2003, tiveram que lidar, entre outras coisas, com a pressão dos lobbies, o desemprego, um PIB em queda livre, índices de pobreza recorde, execuções hipotecárias massivas, treze moedas provinciais, e a necessidade de dar um basta às exigências do FMI. Tendo por base anotações pessoais e dados estatísticos, Lavagna narra passo a passo os acontecimentos públicos e privados de que foi protagonista, analisando, sobretudo os bastidores das negociações do maior default soberano da história e detalhando os esforços empregados para tirar a economia argentina de uma terrível recessão.
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