Nanã Buruku, é a mais velha das entidades das águas. Representa a chuva fina e sua consequente mistura com a terra: a lama, sua protomatéria original. A lama contém em seus elementos os sinais primordiais de sua essência: o pricípio, o meio e o fim da vida e seu consequente renascimento. É um orixá antigo, envolto em segredos cujo culto remonta a tempos imemoriais e percorre uma vasta área geográfica. A artista plástica Edsoleda segue os passos do etnólogo Pierre Verger, observando cuidadosamente os cenários e os ambientes por ele descritos, recriando-os em sua linguagem poética e lúdica. A saga de Nanã, suas guerras e suas vicissitudes, trazem as representações de um povo e de sua fé.