Segundo Augusto, "o público pode mais, se informado". Somente um poeta tão versado quanto este poderia habilitar-se a missão que aqui se instaura. Através deste mantra de conhecimento, os ensaios de Música de Invenção e Música de Invenção 2 abrangem ideias que se iniciam no século XIV e se desenrolam até a contemporaneidade, passando por compositores como Machaut, Stockhausen, Boulez e Erikah Badu. Não se revestindo da couraça de historiador nem musicólogo, Augusto tenta apenas conceber a biblioteca básica de nomes que abriram os caminhos das vanguardas musicais, tanto mais quanto julga que suas obras sofrem, não só a marginalização decorrente do preconceito artístico, como da recusa de divulgação da música erudita pelos diferentes meios e mídias, que se dispõem tão somente a fornecer a um público desinteressado e, supostamente, consumido pelo consumo corriqueiro dos estereótipos comerciais vigentes.