Após a vinda da família real ao Brasil, em 1808, e a abertura dos portos por Dom João VI, foi grande o afluxo de cidadãos ingleses ao nosso país, formando numerosa comunidade, inicialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo e depois em outras cidades. Operavam principalmente em empresas de navegação, luz, gás, telefonia, bondes, ferrovias, bancos, telégrafo, seguros, tecelagem, etc. Entre eles havia um grande número de maçons, que inicialmente participaram de Lojas do Grande Oriente do Brasil (GOB) para depois formarem suas próprias Lojas maçônicas em território brasileiro. Essas lojas de ingleses, trabalhando no idioma inglês, foram sendo denominadas e numeradas como Lojas do Rito de York, em virtude de outras lojas que haviam sido fundadas no tempo do Grande Oriente dos Beneditinos. Em 1912, mediante um tratado entre o GOB e a Grande Loja da Inglaterra, elas foram agrupadas sob uma Grande Secretaria de Rito denominado 'Grande Capítulo do Rito de York', situação que durou até 1935, quando o GOB autorizou a formação aqui no Brasil de uma Grande Loja Distrital inglesa. O convívio dos maçons ingleses com seus Irmãos brasileiros sempre foi intenso e de fortes laços de amizade, o que proporcionou a constituição de Corpos maçônicos de várias Ordens de Aperfeiçoamento Maçônico sob a tutela do Grande Oriente do Brasil, entre eles o Supremo Grande Capítulo do Arco Real, a Grande Loja de Mestres Maçons da Marca do Brasil e de um Grande Priorado de Cavaleiros Templários, além de outros projetos em conjunto que estão em andamento. Este livro aborda um dos aspectos da sociabilidade que a comunidade britânica desenvolveu no Brasil, deixando indeléveis marcas de suas contribuições culturais e sociais em nosso meio.