Barba ensopada de sangue é um romance de força incomum, sobre solidão, família e os mitos que criamos e herdamos. Publicado em outubro de 2012, e vencedor do prêmio São Paulo de Literatura, tornou-se um marco na literatura brasileira contemporânea. Esta edição comemorativa traz textos inéditos sobre o livro e projeto gráfico especial.
“Um livro envolvente, que acerta os golpes nos lugares certos. É inteligente, moderno e inesperadamente emocional.” — Deborah Levy
Após a morte do pai, o protagonista deste romance impressionante (cujo nome não conhecemos) busca refúgio e isolamento em Garopaba, pequeno balneário de Santa Catarina. Sua única companheira é Beta, a cadela que fora do pai. Portador de uma rara condição neurológica, que torna impossível lembrar dos rostos das pessoas, ele tenta descobrir a história verdadeira por trás de um caso de violência e morte que envolveu sua família décadas antes, na mesma região.
Lançado em 2012, Barba ensopada de sangue ganha agora uma edição especial, com apresentação de Carol Bensimon e posfácio de Júlio Pimentel.
“Galera cria um realismo peculiar e sensível pela densidade que consegue dar ao cotidiano sem excessos de gordura descritiva. É uma espécie de ‘realismo íntimo’ em que a intimidade não provém dos sentimentos nem das meditações psíquicas e diálogos interiores do protagonista senão da precisão descritiva dos cenários escolhidos e da empatia que sempre expressa com os humores do personagem.” — Karl Erik Shøllhammer, Revista Cult
“O autor dá um pulo adiante absolutamente surpreendente, salto que recusa qualquer acomodação e o lança nas perigosas águas do horror. No fundo desta noite assustadora do terrível, do agônico, do espectral, está o ficcional. A configuração de uma linguagem realista, rica sempre em observações detalhistas, atenta ao visual, é ainda sua forma, sua escolha na condução da narrativa, mas sua impactante opção pela ficção inegociável, sem temer o doloroso ou o enigmático, fazem deste um romance muito especial.” — Beatriz Resende, O Globo
“Romance imperdível; é certo que em suas páginas o leitor passará horas naquele interessante e desejado estado de tensão, pela força dramática que consegue impor.” — Luís Augusto Fischer, Zero Hora