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VISÃO DO TÉRREO
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SINOPSECARACTERÍSTICAS

Descrição

Como observa a crítica Maria Betânia Amoroso, nos poemas de Ruy Proença o eu-lírico se move no "intervalo entre morrer e fazer poesia" — daí o sentimento paradoxal de sobriedade e liberdade imagética que caracteriza boa parte deste Visão do térreo. Não por acaso, o amor, a morte, os ferimentos visíveis e os invisíveis afloram com frequência em seus versos. Um bom exemplo encontra-se em "A invisível cicatriz": "nascer/ é ser novinho em folha/ e já deixar cicatriz// viver/ é cobrir os outros/ de cicatrizes/ e ser coberto// mas nem tudo/ são cicatrizes// algumas incisões/ definitivamente/ não se fecham// por isso/ aliás/ morremos".
A melancolia, porém, aparece muitas vezes associada ao humor. Como no divertido "Classificados", em que o poeta divaga por uma página dos classificados do jornal, criando um jogo surpreendente de significados, e em "O Tietê não vai ao mar", paródia de um poema de Ricardo Reis, heterônimo de Pessoa. Mas a certeza do fim não dá sossego ("Ontem/ a morte ceifou/ mais um de nós"), o que faz com que não raro a poesia de Ruy alcance um tom apocalíptico: "Fones de ouvido verterão/ o chumbo quente das canções/ do hit-parade do inferno". Em tais circunstâncias, a beleza — sempre difícil — surge nos pequenos detalhes inesperados. Não será esse o lugar da poesia no mundo contemporâneo?

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Sinopse1Como observa a crítica Maria Betânia Amoroso, nos poemas de Ruy Proença o eu-lírico se move no "intervalo entre morrer e fazer poesia" - daí o sentimento paradoxal de sobriedade e liberdade imagética que caracteriza boa parte deste Visão do térreo. Não por acaso, o amor, a morte, os ferimentos visíveis e os invisíveis afloram com frequência em seus versos. Um bom exemplo encontra-se em "A invisível cicatriz": "nascer/ é ser novinho em folha/ e já deixar cicatriz// viver/ é cobrir os outros/ de cicatrizes/ e ser coberto// mas nem tudo/ são cicatrizes// algumas incisões/ definitivamente/ não se fecham// por isso/ aliás/ morremos".
A melancolia, porém, aparece muitas vezes associada ao humor. Como no divertido "Classificados", em que o poeta divaga por uma página dos classificados do jornal, criando um jogo surpreendente de significados, e em "O Tietê não vai ao mar", paródia de um poema de Ricardo Reis, heterônimo de Pessoa. Mas a certeza do fim não dá sossego ("Ontem/ a morte ceifou/ mais um de nós"), o que faz com que não raro a poesia de Ruy alcance um tom apocalíptico: "Fones de ouvido verterão/ o chumbo quente das canções/ do hit-parade do inferno". Em tais circunstâncias, a beleza - sempre difícil - surge nos pequenos detalhes inesperados. Não será esse o lugar da poesia no mundo contemporâneo?
Autor1PROENCA, RUY

Especificação

ISBN9788573263893
TítuloVISÃO DO TÉRREO
EditoraEDITORA 34
Formato12X18 cm
Espessura1 cm
Páginas112
IdiomaPortuguês
AssuntoPOESIA
Tipo de CapaLIVRO BROCHURA (PAPERBACK)
Edição1ª Edição
Ano de Publicação2007

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