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Os Usos da terra no Brasil
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Descrição

Este livro foi escrito para as pessoas interessadas em conhecer o Brasil agrário de fato. A forte propaganda do agronegócio que se apresenta como modelo absoluto ignora ou descaracteriza o outro modelo agrícola, formado pelo trabalho familiar, de produção em pequena escala e responsável pela segurança alimentar de nosso país. Esses modelos não se coadunam. Em nossas investigações analisamos as disputas entre esses dois modelos de desenvolvimento da agricultura através do debate paradigmático para compreender suas conflitualidades. O leitor perceberá que contestamos a visão linear do paradigma do capitalismo agrário que simplifica a leitura da realidade do campo, tentando incluir todas as relações dentro do modelo denominado agronegócio. De fato, a agricultura é muito mais complexa que o agronegócio e só pode ser compreendida por meio dos antagonismos entre as classes sociais. A análise dos usos da terra é uma maneira de entender como frações
do território agrícola são disputadas para a execução de diferentes modelos de desenvolvimento. Este trabalho revela os paradoxos dessas disputas de modelos e de territórios que geram permanentes tensões. Aqueles que garantem a segurança alimentar são os que dominam a menor fração do território, embora sejam os que geram mais postos de trabalho. Exploram-se aqui as contradições dessa realidade, discorrendo também sobre os stakeholders que fazem parte desse
processo. Cabe, porém, alertar aos leitores que não oferecemos soluções para a questão da conflitualidade, porque ela é da natureza do sistema. Os políticos partidários podem dizer que a questão agrária será solucionada, mas cientificamente é impossível afirmar que o capitalismo conseguirá superar as desigualdades e as destruições que ele gera. A destruição do campesinato é um processo em marcha, em progresso, portanto a luta pela terra e pela reforma agrária é um tema
permanente, que pode ser abafado, mas não esgotado. E, no Brasil, foram os sem-terra, principalmente, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que conduziram um processo de reterritorialização do campesinato ou recampesinização pelas ocupações de terra. Todavia, o fato da recriação não garante a autonomia; ao contrário, a subordinação tem sido o caminho que os assentados têm percorrido nesta longa marcha da resistência camponesa. Nas duas últimas décadas, o agronegócio se territorializou mais rapidamente tanto nas terras dos latifúndios, como nas terras dos camponeses ou na agricultura familiar. As mudanças na matriz energética ampliaram os processos de expansão das commodities, inclusive com o aumento da estrangeirização da terra, sendo um dos fatores que fez refluir a reforma agrária. Essas são algumas das questões tratadas neste livro, que propõe uma nova interpretação para que os leitores entendam a realidade agrária contemporânea à luz de um longo processo histórico.

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Sinopse1Este livro foi escrito para as pessoas interessadas em conhecer o Brasil agrário de fato. A forte propaganda do agronegócio que se apresenta como modelo absoluto ignora ou descaracteriza o outro modelo agrícola, formado pelo trabalho familiar, de produção em pequena escala e responsável pela segurança alimentar de nosso país. Esses modelos não se coadunam. Em nossas investigações analisamos as disputas entre esses dois modelos de desenvolvimento da agricultura através do debate paradigmático para compreender suas conflitualidades. O leitor perceberá que contestamos a visão linear do paradigma do capitalismo agrário que simplifica a leitura da realidade do campo, tentando incluir todas as relações dentro do modelo denominado agronegócio. De fato, a agricultura é muito mais complexa que o agronegócio e só pode ser compreendida por meio dos antagonismos entre as classes sociais. A análise dos usos da terra é uma maneira de entender como frações
do território agrícola são disputadas para a execução de diferentes modelos de desenvolvimento. Este trabalho revela os paradoxos dessas disputas de modelos e de territórios que geram permanentes tensões. Aqueles que garantem a segurança alimentar são os que dominam a menor fração do território, embora sejam os que geram mais postos de trabalho. Exploram-se aqui as contradições dessa realidade, discorrendo também sobre os stakeholders que fazem parte desse
processo. Cabe, porém, alertar aos leitores que não oferecemos soluções para a questão da conflitualidade, porque ela é da natureza do sistema. Os políticos partidários podem dizer que a questão agrária será solucionada, mas cientificamente é impossível afirmar que o capitalismo conseguirá superar as desigualdades e as destruições que ele gera. A destruição do campesinato é um processo em marcha, em progresso, portanto a luta pela terra e pela reforma agrária é um tema
permanente, que pode ser abafado, mas não esgotado. E, no Brasil, foram os sem-terra, principalmente, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que conduziram um processo de reterritorialização do campesinato ou recampesinização pelas ocupações de terra. Todavia, o fato da recriação não garante a autonomia; ao contrário, a subordinação tem sido o caminho que os assentados têm percorrido nesta longa marcha da resistência camponesa. Nas duas últimas décadas, o agronegócio se territorializou mais rapidamente tanto nas terras dos latifúndios, como nas terras dos camponeses ou na agricultura familiar. As mudanças na matriz energética ampliaram os processos de expansão das commodities, inclusive com o aumento da estrangeirização da terra, sendo um dos fatores que fez refluir a reforma agrária. Essas são algumas das questões tratadas neste livro, que propõe uma nova interpretação para que os leitores entendam a realidade agrária contemporânea à luz de um longo processo histórico.
Autor1WELCH, CLIFFORD ANDREW

Especificação

ISBN9788579835216
TítuloOs Usos da terra no Brasil
EditoraCULTURA ACADÊMICA
Formato14 X 21 cm
Espessura0,6 cm
Páginas108
IdiomaPortuguês
AssuntoPOLITICA E RELACOES INTERNACIONAIS
Tipo de CapaOUTRO FORMATO DE LIVRO
Edição1ª Edição
Ano de Publicação2014

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