A Aids ainda não tem cura, nem pode ser prevenida por meio de vacina, mas seu tratamento evoluiu muito desde 1981, quando os primeiros casos da doença foram confirmados nos Estados Unidos. Hoje, os soropositivos tratados têm vida longa, livres de infecções oportunistas. Essa longevidade, porém, vem acompanhada de novos problemas, decorrentes da convivência prolongada com o vírus. O envelhecimento precoce associado ao HIV é o tema de capa da nova edição de Unesp Ciência. Passados trinta anos do início da epidemia, a Aids mostra uma nova cara. O acompanhamento dos portadores de HIV (tratados com o potente coquetel de medicamentos) vem mostrando que envelhecer na companhia do HIV é, infelizmente, envelhecer mais rápido. Uma série de problemas típicos do processo de envelhecimento, como infarto, derrame, osteoporose, demência e câncer, não são apenas mais comuns numa parcela significativa dessa população, como tendem a aparecer mais cedo.
Também nesta edição:
- repelentes à base de óleos naturais, ao contrário do que diz a propaganda, oferecem pouca proteção contra o mosquito da dengue;
- uma nova lua e um possível anel agitam as pesquisas sobre Plutão, o astro que há cinco anos perdeu o status de planeta;
- o perfil do etólogo e zootecnista Mateus Paranhos da Costa, pioneiro nos estudos de bem-estar animal aplicados à pecuária.
- na seção Como se faz, um projeto que vai integrar estações de monitoramento da atividade sísmica no Brasil e, de quebra, pode ajudar a encontrar riquezas minerais subterrâneas.
- e, Quem diria, é possível regenerar uma área de Cerrado apesar da presença invasora dos pinus.