Vivemos em um mundo que não poderia ser imaginado há algumas décadas: um domínio de telas retroiluminadas, informações instantâneas e experiências vibrantes que podem suplantar a realidade, que, por sua vez, se tornou enfadonha. Nossas admiráveis tecnologias recentes oferecem oportunidades incríveis de trabalho e lazer. Mas a que preço? A renomada neurocientista Susan Greenfield — famosa no Reino Unido por desafiar visões convencionais e arraigadas — reúne uma gama de estudos científicos, notícias e críticas culturais para criar um recorte incisivo do “agora global”. Contestando a suposição de que nossas tecnologias são ferramentas inofensivas, Greenfield explora se a exposição incessante a mídias sociais, mecanismos de pesquisa e jogos eletrônicos é capaz de refazer as conexões de nossos cérebros, e também se as mentes de pessoas nascidas antes e depois do advento da internet são diferentes. Enfatizando o impacto sobre os Nativos Digitais — pessoas que nunca conheceram um mundo sem a internet —, Greenfield expõe como as redes neuronais podem ser afetadas por bombardeios inéditos de estímulos audiovisuais; como os jogos podem moldar um panorama químico no cérebro semelhante àquele dos que são viciados em jogos de azar; como navegar na internet gera o risco de se dar mais importância a informações simples do que a conhecimentos.
A Baronesa Susan Greenfield, Comendadora da Ordem do Império
Britânico (CBE), é pesquisadora sênior no Lincoln College e na Universidade de Oxford. Cientista, escritora, radialista e membro independente da Câmara dos Lordes, é especializada na aplicação da neurociência a questões fundamentais, como o impacto das
tecnologias do século XXI na mente, o modo como o cérebro gera consciência e, também, ao desenvolvimento de abordagens inovadoras para doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. Ela recebeu 31 diplomas honorários de universidades britânicas e estrangeiras, além de muitos prêmios e títulos.