310101094389
Reencantando o mundo: feminismo e a política dos comuns

De: R$ 70,00Por: R$ 52,50ou X de

Economia de R$ 17,50

Comprar
Não sei meu CEP
Condições de Parcelamento
Opções de Parcelamento:
  • à vista R$ 52,50
  • 2X de R$ 26,25 sem juros
Outras formas de pagamento
SINOPSECARACTERÍSTICAS

Descrição

Os artigos deste livro documentam as intensas lutas travadas por pessoas em todo o mundo contra as múltiplas formas de desapropriação às quais estão sujeitas. Na literatura esquerdista, tais lutas são, com frequência, descartadas como puramente defensivas. Mas essa visão está profundamente equivocada. É impossível defender os direitos comunais sem criar uma nova realidade, isto é, novas estratégias, novas alianças e novas formas de organização social. Uma mina é aberta, ameaçando o ar que as pessoas respiram e a água que bebem; perfurações são feitas em águas costeiras para extrair petróleo, envenenando o mar, as praias e as terras agrícolas; um bairro antigo é devastado para abrir espaço a um estádio — imediatamente, um novo perímetro é estabelecido. De um ponto de vista feminista, uma das atrações exercidas pela ideia dos comuns é a possibilidade de superar o isolamento em que as atividades reprodutivas são realizadas e a separação entre as esferas privada e pública, que tanto têm contribuído para esconder e racionalizar a exploração das mulheres na família e no lar.

— Silvia Federici

***

“Reencantar o mundo” ressignifica as categorias marxistas, reinterpretando-as em uma perspectiva feminista. “Acumulação” é um desses conceitos, assim como “reprodução”. “Luta de classes” é um terceiro, inseparável do quarto, “capital”. Para Federici, a “teoria do valor do trabalho” ainda é a chave para entender o capitalismo, embora sua leitura feminista redefina o que é trabalho e como o valor é produzido. Ela mostra, por exemplo, que a dívida também é produtiva para o capital: uma poderosa alavanca de acumulação primitiva — empréstimos estudantis, hipotecas, cartões de crédito e microfinanças — e um mecanismo de divisões sociais. A reprodução (educação, assistência médica, pensões) tem sido financeirizada. Esse cenário vem acompanhado de uma deliberada etnografia da vergonha, sintetizada pelo Grameen Bank, que toma até as panelas dos “empreendedores” inocentes e empobrecidos que atrasam os pagamentos. John Milton, autor de Paraíso perdido, o poema épico da Revolução Inglesa, condenava a prática de “apreender panelas e frigideiras dos pobres”. Ele também viu a vergonha e a astúcia: primeiro, cercar a terra; depois, apossar-se da panela. (Ou seria o contrário?) Federici toma partido e faz isso de forma distinta dos outros. Existe a escola de “recursos comuns”, os comuns sem a luta de classes. Há a escola que enfatiza a informação e o capitalismo cognitivo, mas ignora o trabalho das mulheres na base material da economia cibernética. A escola da “crítica da vida cotidiana” esconde o trabalho interminável e não remunerado das mulheres. A reprodução de um ser humano é não só um projeto coletivo como também o mais intensivo de todos os trabalhos. Aprendemos que “as mulheres são as agricultoras de subsistência do mundo. Na África, elas produziam 80% da comida consumida pelas pessoas”. As mulheres são guardiãs da terra e da riqueza comunitária. São também as “tecelãs da memória”. Federici olha para o corpo em um continuum com a terra, pois ambos possuem memória histórica e estão implicados na libertação.

— Peter Linebaugh, no prefácio

Especificações Técnicas

Especificação

ISBN9786587235714
TítuloReencantando o mundo: feminismo e a política dos comuns
EditoraELEFANTE EDITORA
IdiomaPortuguês
Formato14,5 X 23 cm
Espessura2 cm
Páginas320
AssuntoSOCIOLOGIA
Tipo de CapaLIVRO BROCHURA (PAPERBACK)
Edição1ª Edição
Ano de Publicação2022

Home

Sinopse1Os artigos deste livro documentam as intensas lutas travadas por pessoas em todo o mundo contra as múltiplas formas de desapropriação às quais estão sujeitas. Na literatura esquerdista, tais lutas são, com frequência, descartadas como puramente defensivas. Mas essa visão está profundamente equivocada. É impossível defender os direitos comunais sem criar uma nova realidade, isto é, novas estratégias, novas alianças e novas formas de organização social. Uma mina é aberta, ameaçando o ar que as pessoas respiram e a água que bebem; perfurações são feitas em águas costeiras para extrair petróleo, envenenando o mar, as praias e as terras agrícolas; um bairro antigo é devastado para abrir espaço a um estádio - imediatamente, um novo perímetro é estabelecido. De um ponto de vista feminista, uma das atrações exercidas pela ideia dos comuns é a possibilidade de superar o isolamento em que as atividades reprodutivas são realizadas e a separação entre as esferas privada e pública, que tanto têm contribuído para esconder e racionalizar a exploração das mulheres na família e no lar.

- Silvia Federici

***

“Reencantar o mundo” ressignifica as categorias marxistas, reinterpretando-as em uma perspectiva feminista. “Acumulação” é um desses conceitos, assim como “reprodução”. “Luta de classes” é um terceiro, inseparável do quarto, “capital”. Para Federici, a “teoria do valor do trabalho” ainda é a chave para entender o capitalismo, embora sua leitura feminista redefina o que é trabalho e como o valor é produzido. Ela mostra, por exemplo, que a dívida também é produtiva para o capital: uma poderosa alavanca de acumulação primitiva - empréstimos estudantis, hipotecas, cartões de crédito e microfinanças - e um mecanismo de divisões sociais. A reprodução (educação, assistência médica, pensões) tem sido financeirizada. Esse cenário vem acompanhado de uma deliberada etnografia da vergonha, sintetizada pelo Grameen Bank, que toma até as panelas dos “empreendedores” inocentes e empobrecidos que atrasam os pagamentos. John Milton, autor de Paraíso perdido, o poema épico da Revolução Inglesa, condenava a prática de “apreender panelas e frigideiras dos pobres”. Ele também viu a vergonha e a astúcia: primeiro, cercar a terra; depois, apossar-se da panela. (Ou seria o contrário?) Federici toma partido e faz isso de forma distinta dos outros. Existe a escola de “recursos comuns”, os comuns sem a luta de classes. Há a escola que enfatiza a informação e o capitalismo cognitivo, mas ignora o trabalho das mulheres na base material da economia cibernética. A escola da “crítica da vida cotidiana” esconde o trabalho interminável e não remunerado das mulheres. A reprodução de um ser humano é não só um projeto coletivo como também o mais intensivo de todos os trabalhos. Aprendemos que “as mulheres são as agricultoras de subsistência do mundo. Na África, elas produziam 80% da comida consumida pelas pessoas”. As mulheres são guardiãs da terra e da riqueza comunitária. São também as “tecelãs da memória”. Federici olha para o corpo em um continuum com a terra, pois ambos possuem memória histórica e estão implicados na libertação.

- Peter Linebaugh, no prefácio
Autor1FEDERICI, SILVIA

QUEM VIU, VIU TAMBÉM

Veja os livros que os outros também se interessam!

Quem viu, viu também

QUEM COMPROU, COMPROU TAMBÉM

Veja os livros que os outros também se interessam!

Quem comprou, comprou também

  • Ind�stria-cultural
    Comprar

    Editora Unesp

    Indústria cultural

    Autor1
    • ADORNO, THEODOR W.

    R$ 66,00 3x de R$ 22,00

    65172

  • As-Estrelas-descem-�-Terra
    Comprar

    Editora Unesp

    estrelas descem à Terra, As

    Autor1
    • ADORNO, THEODOR W.

    R$ 62,00 3x de R$ 20,66

    33319

  • O-cora��o-da-Pauliceia-ainda-bate
    Comprar

    Editora Unesp

    coração da Pauliceia ainda bate, O

    Autor1
    • MARTINS, JOSE DE SOUZA

    R$ 86,00 4x de R$ 21,50

    5514

  • A-inven��o-da-brasilidade
    Comprar

    Editora Unesp

    invenção da brasilidade, A

    Autor1
    • LESSER, JEFFREY

    R$ 74,00 3x de R$ 24,66

    5302

  • Torcidas
    Comprar

    Editora Unesp

    Torcidas

    Autor1
    • GUMBRECHT, HANS ULRICH

    R$ 48,00 2x de R$ 24,00

    82031

  • Desfazendo-g�nero
    Comprar

    Editora Unesp

    Desfazendo gênero

    Autor1
    • BUTLER, JUDITH

    R$ 78,00 3x de R$ 26,00

    76623

  • Sociologia-do-desconhecimento
    Comprar

    Editora Unesp

    Sociologia do desconhecimento

    Autor1
    • MARTINS, JOSE DE SOUZA

    R$ 68,00 3x de R$ 22,66

    68202

  • A-arte-de-roubar
    Comprar

    Editora Unesp

    arte de roubar, A

    Autor1
    • CAMANDULA, D. DIMAS

    R$ 50,00 2x de R$ 25,00

    5442

  • Introdu��o-�-sociologia-da-m�sica---2�-edi��o
    Comprar

    Editora Unesp

    Introdução à sociologia da música - 2ª edição

    Autor1
    • ADORNO, THEODOR W.

    R$ 78,00 3x de R$ 26,00

    5229

  • Discursos-de-odio-contra-negros-nas-redes-sociais
    Comprar

    Pallas

    Discursos de ódio contra negros nas redes sociais

    Autor1
    • OLIVEIRA, FLAVIA

    R$ 45,00 2x de R$ 22,50

    83900

  • Para-pensar-e-escrever-melhor
    Comprar

    Planeta

    Para pensar e escrever melhor

    Autor1
    • KARNAL, LEANDRO

    R$ 54,90 2x de R$ 27,45

    83776

  • 9786554271202
    Comprar

    Edições 70

    POR QUE CASAMOS

    Autor1
    • AGOSTINHO, MARCIA ESTEVES

    R$ 69,00 R$ 37,95

    83032

MAIS VENDIDOS

Veja os livros mais vendidos desta categoria!

Mais Vendidos