O livro A Propaganda no Terceiro Setor, organizado pelo publicitário e professor, Marco Antonio Batan, aborda um dos assuntos mais discutidos atualmente: a comunicação do Terceiro Setor com a sociedade. Desta forma, a nova publicação da Editora Universitária Leopoldianum, da Universidade Católica de Santos, preenche uma lacuna no mercado de livros sobre este tema.
No Brasil, com cerca de 250 mil ONGs, é visível a escassez de bibliografias sobre a gestão da responsabilidade social empresarial e, particularmente, sobre a comunicação envolvida no relacionamento entre os vários agentes da questão social. Esse foi o desafio motivador para que alguns pesquisadores da propaganda produzissem artigos específicos.
Na apresentação, o organizador, Marco Antonio Batan, diz acreditar que este livro seja de grande valia para os estudiosos da propaganda e do Terceiro Setor. "A proposta era que cada artigo trouxesse uma abordagem diferente e crítica do momento atual do atendimento às demandas sociais e do papel da propaganda no processo, a começar por discutir o seu próprio papel no processo".
Dividido em seis capítulos, o livro conta com os seguintes textos: A Propaganda no terceiro setor, do professor Francisco Assis Martins Fernandes; Histórias em quadrinhos em campanhas do terceiro setor: Quem tem coragem de ousar?, da professora Sônia M. Bibe Luyten; Mobilização social pela propaganda: uma questão de ética e A propaganda para os excluídos, ambos da professora Cinara Augusto; Fome zero, uma leitura de propaganda ideológica, dos professores Adolpho Queiroz, André Gustavo Brandão, Bruno Ricardo Garrido Marola e Greice Kelly Pereira; A propaganda, a decepção e a questão social, assinado por Marco Antonio Batan.
De acordo com o organizador, entre os três setores e a sociedade está a comunicação. "Este processo acontece quando a entidade que faz e divulga o que faz propicia com o exemplo que outras façam o mesmo, assim como aquela instituição que faz e não quer divulgar o que fez, impede o efeito demonstração, salutar ao processo de reprodução de ações sociais desejáveis. E até mesmo quando a entidade que não faz e divulga como tendo feito o que não fez utiliza a comunicação como um instrumento de auto-promoção com múltiplos interesses".