"O texto que o leitor tem em mãos é produto de uma intensa jornada de reflexão metodológica iniciada no Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise (LATESFIP-USP), do qual Rafael participou, redundando em seu estudo de mestrado, mas também em inúmeros outros projetos paralalelos, periféricos, mas necessários para que nossa cultura acadêmica deixe de ser a produção de mestrados e doutorados desgarrados de uma comunidade de pesquisa e reflexão, sedimentados pela ambição pequena de apenas se apossar de um centímetro a mais do latifúndio ou do condomínio em que se vive. Enquanto Rafael Alves Lima examina as razões formativas de nossos condomínios psicanalíticos, as patologias da individualização que podemos presumir, vemos se levantar uma nova geração de psicanalistas. Insatisfeitos com os regimes de filiação, familiar ou liberal, com a persistência impensada do Brasil dentro da psicanálise, eles se cansaram de olhar para o futuro que sempre organiza as corporações, os controles, as garantias, e preferem reinventar o passado e finalmente reconhecer que, antes de Lacan e depois de Lacan, há o Brasil. São Paulo." (Christian Ingo Lenz Dunker)