No início dos anos 90, um navio suspeito joga alguns milhares de latas que, singrando o mar azul verdejante, balançam ao som de uma graciosa ode a Popeye. Assim, numa vaga manhã, de ar pastoso, de céus profundos, as latas dão o ar da graça no litoral paulista, entrando na corrente sanguínea do povo, somando-se ao aluvião de fatos que mudariam o Brasil. O que se gestava, paria agora a sua alegria. Oscar Cesarotto traça, a partir destes sinais de expulsão da velha noite, um estrondoso painel da época, divertida como poucas, graças a uma impagável e reconhecível flora e fauna, que já naqueles tempos invadia a nossa praia.
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