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O cotidiano em construção: os "práticos licenciados" em São Paulo (1893-1933)

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Descrição

A expressão “em comum” designa aquilo que se partilha: vida, casa, amigos e também carreira e profissão. Estes dois últimos itens revelam o tema deste belo livro que a editora da UFBAC traz até às mãos do leitor. O historiador Lindener Pareto Jr. perspicazmente notou que possuir uma carreira no setor da construção civil na São Paulo do final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX indicava graus de compartilhamentos entre atores sociais muito diferentes. Investigando quem trabalhava naquela seara da construção, notou que dentro dela encontravam-se profissionais de origens, formações e habilidades diversas, que imprimiam à cidade que vertiginosamente se expandia, uma multiplicidade de formas, sotaques e lugares. Era a cidade eclética que se erigia numa sociedade que se estratificava. Se a carreira na construção civil permitia, até finais do Império, a presença de personagens diversos, após o estabelecimento da República e da consolidação da burocracia urbana, a construção passou a ser, gradualmente, regulamentada. Fazia-se necessário comprovar desde a existência do lote e da respectiva rua em que ele estaria assentado, até a certificação de uma profissão. O diploma, atestado maior de uma cultura bacharelesca que nos oitocentos, no Brasil, pairava no universo do Direito e da Medicina, no final daquele século passou a separar os atores sociais dentro dos meandros da feitura urbana. Ser arquiteto e engenheiro, assim, além de respaldar as escolas superiores que a cidade começava a abrigar, como a Escola Politécnica e o Mackenzie, também estabelecia uma hierarquia, a qual vai redundar no Decreto Federal 23.569, de 11 de dezembro de 1933, que organizou o sistema CONFEA-CREA. Os “outros” atores da cidade, embora longevos e com enorme carteira de clientes e obras, tiveram que requisitar ao CREA permissões para continuarem atuando. Nasceram, assim, os práticos-licenciados, os quais, embora parcialmente alijados da profissão, também demonstram uma outra face da hierarquização, pois nem todo aquele que riscou o chão da Pauliceia recebeu esta “chancela” oficial. Como veremos, o estudo da profissão mostra como os “costumes em comum” foram sendo apartados, mostrando mais uma dimensão conflituosa da capital paulista, aquela que, décadas mais tarde, seria cantada como a que permite que se ergam e destruam coisas belas.

Especificações Técnicas

Especificação

ISBN9788568576694
TítuloO cotidiano em construção: os "práticos licenciados" em São Paulo (1893-1933)
EditoraEDITORA UFABC
Formato14 X 21 cm
Espessura1,0 cm
Páginas233
AssuntoARQUITETURA E URBANISMO
Tipo de CapaLIVRO BROCHURA (PAPERBACK)
Edição1ª Edição
Ano de Publicação2017

Home

Sinopse1A expressão “em comum” designa aquilo que se partilha: vida, casa, amigos e também carreira e profissão. Estes dois últimos itens revelam o tema deste belo livro que a editora da UFBAC traz até às mãos do leitor. O historiador Lindener Pareto Jr. perspicazmente notou que possuir uma carreira no setor da construção civil na São Paulo do final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX indicava graus de compartilhamentos entre atores sociais muito diferentes. Investigando quem trabalhava naquela seara da construção, notou que dentro dela encontravam-se profissionais de origens, formações e habilidades diversas, que imprimiam à cidade que vertiginosamente se expandia, uma multiplicidade de formas, sotaques e lugares. Era a cidade eclética que se erigia numa sociedade que se estratificava. Se a carreira na construção civil permitia, até finais do Império, a presença de personagens diversos, após o estabelecimento da República e da consolidação da burocracia urbana, a construção passou a ser, gradualmente, regulamentada. Fazia-se necessário comprovar desde a existência do lote e da respectiva rua em que ele estaria assentado, até a certificação de uma profissão. O diploma, atestado maior de uma cultura bacharelesca que nos oitocentos, no Brasil, pairava no universo do Direito e da Medicina, no final daquele século passou a separar os atores sociais dentro dos meandros da feitura urbana. Ser arquiteto e engenheiro, assim, além de respaldar as escolas superiores que a cidade começava a abrigar, como a Escola Politécnica e o Mackenzie, também estabelecia uma hierarquia, a qual vai redundar no Decreto Federal 23.569, de 11 de dezembro de 1933, que organizou o sistema CONFEA-CREA. Os “outros” atores da cidade, embora longevos e com enorme carteira de clientes e obras, tiveram que requisitar ao CREA permissões para continuarem atuando. Nasceram, assim, os práticos-licenciados, os quais, embora parcialmente alijados da profissão, também demonstram uma outra face da hierarquização, pois nem todo aquele que riscou o chão da Pauliceia recebeu esta “chancela” oficial. Como veremos, o estudo da profissão mostra como os “costumes em comum” foram sendo apartados, mostrando mais uma dimensão conflituosa da capital paulista, aquela que, décadas mais tarde, seria cantada como a que permite que se ergam e destruam coisas belas.
Autor1PARETO JUNIOR, LINDENER

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