ISBN | 9788594931634 |
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Título | Movimento Negro Unificado |
Editora | EDICOES SESC |
Idioma | Português |
Formato | 23 X 23 cm |
Espessura | 1 cm |
Páginas | 216 |
Assunto | SOCIOLOGIA |
Tipo de Capa | LIVRO BROCHURA (PAPERBACK) |
Edição | 1ª Edição |
Ano de Publicação | 2020 |
Sinopse1 | Em 1871, Luiz Gama diria que a resistência é uma virtude cívica. Pouco mais de cem anos depois, em julho de 1978, iniciava-se um grande movimento civil de mulheres e homens negros contra o racismo. Essa luta contra todo tipo de preconceito e discriminação vem de longe, desde quando nossos antepassados foram sequestrados do continente africano e aqui escravizados para enriquecer os colonizadores das Américas. Apesar da escravidão, resistimos. Hoje podemos evocar uma linhagem de lideranças que bravamente se insurgiram contra a ignomínia de torturas e castigos do cativeiro. Aquilombaram-se. Defenderam a si e aos seus com armas, palavras e manifestações. Com Zumbi e Dandara nos Palmares e João Cândido e Luiza Mahin nas revoltas populares. Com o abolicionismo de André Rebouças, de José do Patrocínio e do próprio Luiz Gama, que atuavam nas redações de jornais e na defesa intransigente da liberdade. Com a alta literatura de Machado de Assis, Maria Firmina dos Reis e Lima Barreto. Com Aristides Barbosa, Solano Trindade e os 200 mil mulheres e homens da Frente Negra Brasileira (FNB) de 1931 – primeira organização que enfrentou as dicotomias raciais e as teses de eugenia contra negros e mestiços. Os nossos antepassados ilustres foram torturados, assassinados, embranquecidos e apagados do panteão da história oficial. Ao lado de tantos outros anônimos, sobreviveram a um verdadeiro genocídio e nos deixaram um riquíssimo legado social, intelectual, cultural, religioso. Um capital simbólico inestimável. Aquela juventude negra que em 1978, em plena ditadura civil-militar, se insurgiu e saiu em protesto pelas ruas de São Paulo bradando que a democracia racial era um mito, denunciando a farsa da abolição e a violência policial, dava continuidade à luta dos nossos antepassados, por isso hoje se junta ao panteão de nossa história: Lélia Gonzalez, Hamilton Cardoso, Lenny Blue, Neuza Maria Pereira, Milton Barbosa, José Adão de Oliveira, Rafael Pinto e tantos outros que povoam as páginas deste livro protagonizaram marchas, encontros, festivais, publicações, conquistas constitucionais e políticas públicas para a população negra. Hoje, muitas lideranças continuam firmes nas trincheiras do combate ao racismo. Os movimentos, sobretudo de mulheres negras, ganham força, e surgem novos coletivos para impedir retrocessos e denunciar a ação dos agentes do Estado no sistemático encarceramento e assassinato da juventude negra nas periferias das cidades. O genocídio ainda continua – porque “a carne mais barata do mercado é a carne negra”, como canta Elza Soares. A desigualdade salarial, de oportunidades, de direitos, sobretudo para as mulheres negras – herança maldita da escravidão que no pós-abolição se moderniza e produz o abandono de milhões de seres humanos à própria sorte –, é o principal motivo que faz o Brasil ser reconhecido como um país antidemocrático, autoritário, conservador, elitista e eurocêntrico. Um país que revive o passado repressor e onde o futuro demora a chegar. Celebrar, por meio deste livro, os quarenta anos do Movimento Negro Unificado (MNU) é um modo de homenagear cada afro-brasileiro, cada negro e cada negra, por resistir e continuar lutando por direitos, cidadania e liberdade até que sejamos todas e todos livres do racismo, da pobreza, do machismo, da LGBTIfobia e de qualquer forma de intolerância. Axé e boa leitura! |
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Autor1 | BRAUNS, ENNIO |
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