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Memórias póstumas de Brás Cubas
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SINOPSECARACTERÍSTICAS

Descrição

“Uma sondagem da alma, uma subjetividade expandida e maluca, como se a mente volúvel e delirante não pudesse sair de um redemoinho.” Assim se refere o escritor Milton Hatoum a Memórias póstumas de Brás Cubas no posfácio escrito especialmente para a edição da obra-prima de Machado de Assis (1839-1908) preparada pela CARAMBAIA. Com essas palavras, Hatoum traduz o impacto desconcertante que o romance mantém desde que foi publicado, em 1881. A literatura brasileira nunca produzira nada semelhante, e com Memórias póstumas o autor passou de escritor acima da média a gênio – e maior nome da literatura brasileira – reconhecido em seu próprio tempo.

Feita para ler, reler e guardar, a edição da CARAMBAIA tem como base a quarta publicação do texto, revista pelo autor, e projeto gráfico de Tereza Bettinardi, inspirado na arquitetura de túmulos e cemitérios, uma vez que Brás Cubas se define não como um autor defunto, mas “um defunto autor”. As inscrições e ornamentos tumulares da época da publicação do romance serviram de diretriz estética para o projeto e para as gravuras de Heloisa Etelvina, feitas em linóleo e impressas manualmente.

A CARAMBAIA está lançando o livro em duas edições. Ambas são ilustradas, têm capa dura e vêm envoltas em uma cinta. A edição especial sai com tiragem de apenas 100 exemplares, capa revestida em tecido e acabamento em serigrafia, e é acompanhada de quatro gravuras impressas em tipografia manual. Três delas são obras exclusivas de Heloisa Etelvina e a quarta reproduz a célebre dedicatória do romance machadiano: “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas Memórias póstumas”.

Em seu posfácio, Milton Hatoum revisita a inesgotável riqueza dessa obra que Machado publicou – de início em forma de folhetim na imprensa – com pouco mais de 40 anos de idade e que, vista em retrospecto, irradia influência por toda a história da literatura brasileira. Como é praticamente consensual entre os historiadores e críticos, em Memórias póstumas de Brás Cubas se encontra a pedra inaugural do romance realista no Brasil. Para alguns especialistas, seria também a primeira narrativa fantástica da literatura nacional. E não há como negar, além disso, os vestígios de romantismo da obra anterior de Machado e principalmente as antecipações do modernismo em sua estrutura fragmentária, ao mesmo tempo calculada e heterogênea, onde cabe até um capítulo feito apenas de nomes e sinais de pontuação. A ruptura da linearidade temporal é operada por um narrador irreverente que lança mão de todo tipo de recurso: citações, jogos de palavras, associações de ideias, diálogos consigo mesmo e diretamente com o leitor.

Essa estrutura dinâmica e impregnada de humor, escrita “com a pena da galhofa e a tinta da melancolia”, serve com perfeição a um implacável retrato da elite brasileira escravista do Segundo Império, da qual Brás Cubas é um genuíno representante em seus esforços para viver de renda, herança e um mandato na política e, ao fim da vida, concluir satisfeito que “não pagou o pão com o suor do rosto”. Em torno das aventuras do narrador arrogante e mordaz, que incluem casos amorosos fugazes e mais ou menos descompromissados, orbitam personagens de classe média baixa, figurões do Império, escravos cativos e alforriados e um mendigo filósofo, Quincas Borba, que nos apresenta um pastiche de ideias de seu tempo e serve a Machado para zombar ceticamente do cientificismo de sua época.

Escrito com rara concisão e ressonância universal, Memórias póstumas vem sendo, com atraso, incluído em listas internacionais das grandes obras literárias de todos os tempos. Para a ensaísta norte-americana Susan Sontag, é “um dos livros mais divertidamente não provincianos já escritos” e Machado é o “maior autor já produzido na América Latina”. O crítico Harold Bloom considera-o “o supremo artista literário negro”. E Woody Allen coloca o romance entre seus favoritos.
*
Com Memórias póstumas de Brás Cubas, a CARAMBAIA relança a edição de outra obra-prima de Machado, Dom Casmurro, que estava esgotada. Agora, o livro sai na coleção Acervo, a preços mais acessíveis e novo formato. Diferentemente dos livros do catálogo tradicional da CARAMBAIA, que saem com apenas 1.000 cópias, todas numeradas a mão, os títulos da coleção Acervo têm tiragens iniciais de 3.000 exemplares cada.

Posfácio: Milton Hatoum
Projeto gráfico: Tereza Bettinardi

Especificações Técnicas

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Sinopse1“Uma sondagem da alma, uma subjetividade expandida e maluca, como se a mente volúvel e delirante não pudesse sair de um redemoinho.” Assim se refere o escritor Milton Hatoum a Memórias póstumas de Brás Cubas no posfácio escrito especialmente para a edição da obra-prima de Machado de Assis (1839-1908) preparada pela CARAMBAIA. Com essas palavras, Hatoum traduz o impacto desconcertante que o romance mantém desde que foi publicado, em 1881. A literatura brasileira nunca produzira nada semelhante, e com Memórias póstumas o autor passou de escritor acima da média a gênio – e maior nome da literatura brasileira – reconhecido em seu próprio tempo.

Feita para ler, reler e guardar, a edição da CARAMBAIA tem como base a quarta publicação do texto, revista pelo autor, e projeto gráfico de Tereza Bettinardi, inspirado na arquitetura de túmulos e cemitérios, uma vez que Brás Cubas se define não como um autor defunto, mas “um defunto autor”. As inscrições e ornamentos tumulares da época da publicação do romance serviram de diretriz estética para o projeto e para as gravuras de Heloisa Etelvina, feitas em linóleo e impressas manualmente.

A CARAMBAIA está lançando o livro em duas edições. Ambas são ilustradas, têm capa dura e vêm envoltas em uma cinta. A edição especial sai com tiragem de apenas 100 exemplares, capa revestida em tecido e acabamento em serigrafia, e é acompanhada de quatro gravuras impressas em tipografia manual. Três delas são obras exclusivas de Heloisa Etelvina e a quarta reproduz a célebre dedicatória do romance machadiano: “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas Memórias póstumas”.

Em seu posfácio, Milton Hatoum revisita a inesgotável riqueza dessa obra que Machado publicou – de início em forma de folhetim na imprensa – com pouco mais de 40 anos de idade e que, vista em retrospecto, irradia influência por toda a história da literatura brasileira. Como é praticamente consensual entre os historiadores e críticos, em Memórias póstumas de Brás Cubas se encontra a pedra inaugural do romance realista no Brasil. Para alguns especialistas, seria também a primeira narrativa fantástica da literatura nacional. E não há como negar, além disso, os vestígios de romantismo da obra anterior de Machado e principalmente as antecipações do modernismo em sua estrutura fragmentária, ao mesmo tempo calculada e heterogênea, onde cabe até um capítulo feito apenas de nomes e sinais de pontuação. A ruptura da linearidade temporal é operada por um narrador irreverente que lança mão de todo tipo de recurso: citações, jogos de palavras, associações de ideias, diálogos consigo mesmo e diretamente com o leitor.

Essa estrutura dinâmica e impregnada de humor, escrita “com a pena da galhofa e a tinta da melancolia”, serve com perfeição a um implacável retrato da elite brasileira escravista do Segundo Império, da qual Brás Cubas é um genuíno representante em seus esforços para viver de renda, herança e um mandato na política e, ao fim da vida, concluir satisfeito que “não pagou o pão com o suor do rosto”. Em torno das aventuras do narrador arrogante e mordaz, que incluem casos amorosos fugazes e mais ou menos descompromissados, orbitam personagens de classe média baixa, figurões do Império, escravos cativos e alforriados e um mendigo filósofo, Quincas Borba, que nos apresenta um pastiche de ideias de seu tempo e serve a Machado para zombar ceticamente do cientificismo de sua época.

Escrito com rara concisão e ressonância universal, Memórias póstumas vem sendo, com atraso, incluído em listas internacionais das grandes obras literárias de todos os tempos. Para a ensaísta norte-americana Susan Sontag, é “um dos livros mais divertidamente não provincianos já escritos” e Machado é o “maior autor já produzido na América Latina”. O crítico Harold Bloom considera-o “o supremo artista literário negro”. E Woody Allen coloca o romance entre seus favoritos.
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Com Memórias póstumas de Brás Cubas, a CARAMBAIA relança a edição de outra obra-prima de Machado, Dom Casmurro, que estava esgotada. Agora, o livro sai na coleção Acervo, a preços mais acessíveis e novo formato. Diferentemente dos livros do catálogo tradicional da CARAMBAIA, que saem com apenas 1.000 cópias, todas numeradas a mão, os títulos da coleção Acervo têm tiragens iniciais de 3.000 exemplares cada.

Posfácio: Milton Hatoum
Projeto gráfico: Tereza Bettinardi
Autor1ASSIS, MACHADO DE

Especificação

ISBN9788569002420
TítuloMemórias póstumas de Brás Cubas
EditoraCARAMBAIA
Formato12X18,5 cm
Espessura2 cm
Páginas368
IdiomaPortuguês
AssuntoLITERATURA BRASILEIRA
Edição1ª Edição
Ano de Publicação2018

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