310100158000
Ler o livro do mundo

Por: R$ 98,00ou X de

Comprar
Não sei meu CEP
Condições de Parcelamento
Opções de Parcelamento:
  • à vista R$ 98,00
  • 2X de R$ 49,00 sem juros
  • 3X de R$ 32,66 sem juros
  • 4X de R$ 24,50 sem juros
Outras formas de pagamento
SINOPSECARACTERÍSTICAS

Descrição

Para o romântico Baader não é “um simples chiste, uma comparação, mas sim uma verdade profundamente física, que nós lemos no grande livro da natureza com o sentido da visão, ou ao menos soletramos incessantemente”. Walter Benjamin também estava convencido desta verdade. Tanto que ele afirmou com relação ao seu projeto de escrever a história do século XIX a partir das passagens e galerias de Paris: “O discurso sobre o livro da natureza alude ao fato de que se pode ler a efetividade como um texto. Assim deverá ser feito aqui com a efetividade do século XIX. Nós abrimos o livro do sucedido”. O presente estudo analisa a obra de Walter Benjamin — reconhecidamente o mais criativo pensador do período entre Guerras da Alemanha — do ponto de vista da sua relação com os revolucionários poetas-filósofos Novalis e Friedrich Schlegel. O pensamento de Benjamin é iluminado a partir de vários conceitos fundamentais, como o de “tradução”, de “linguagem originária”, de “leitura do mundo”, de “filosofia como interpretação” e de “aura”. O autor ainda abre a obra de Benjamin a uma leitura interna, destacando o percurso de um pensamento original que uniu como poucos a tradição filosófica do Idealismo e do Romantismo à tradição do Judaísmo.
Este livro de Márcio Seligmann-Silva trata do conceito de crítica em Walter Benjamin (1892-1940), que se propôs “recriar a critica como gênero” nos tempos da República de Weimar, através do estudo e aperfeiçoamento da critica de arte criada com base nas propostas filosóficas de Kant e Fichte pelos românticos de lena, Friedrich Schlegel e Novalis. A partir de um exame das pesquisas já existentes sobre a questão, este trabalho dedica-se a comparar as concepções de Benjamin e dos românticos focalizando três aspectos centrais: a filosofia da linguagem, a crítica do conhecimento e a crítica de arte.
Nesses três âmbitos, o estudo se detém, por um lado, no uso estrategicamente negativo do conceito de crítica, no sentido de que Benjamin precisou “limpar a área de ação do crítico”, para poder recriar o gênero. São expostas detalhadamente a crítica de uma concepção puramente instrumental e comunicativa da linguagem, a partir de uma concepção mágica e metafísica; a crítica das teorias racionalistas, sistêmicas e logocêntricas do conhecimento, próprias da Aufklärung, a partir de um resgate do mito, do fragmento e da protolinguagem (Ursprache); e a crítica de formas tradicionais de crítica da arte como o universalismo superficial da história das ideias, as diversas facetas do positivismo (biográfico, psicologista, sociologizante), o formalismo e a apologia de autores e obras — contrapondo-Ihes uma concepção de critica como medium-de-reflexão.
Por outro lado, o trabalho deixa claro que o conceito benjaminiano e romântico de critica é baseado numa visão essencialmente positiva, em que se destaca uma teoria do conhecimento que engloba o trabalho da imagem ao lado do trabalho do conceito, bem como a noção de uma crítica poética, produtiva, que “potencia” a obra criticada, atualizando-a num determinado “agora” que rompe com o “continuum” da história.
Uma característica marcante do estudo de Márcio Seligmann-Silva, que é também tradutor da tese de doutorado de Benjamin sobre o romantismo alemão, é o fato de ele pensar o conceito de critica poética em estreita relação com a teoria e prática da tradução, o que pode se tornar particularmente fecundo para o debate desses conceitos de critica no contexto intelectual brasileiro.
Willi Bolle

Especificações Técnicas

Home

Sinopse1Para o romântico Baader não é “um simples chiste, uma comparação, mas sim uma verdade profundamente física, que nós lemos no grande livro da natureza com o sentido da visão, ou ao menos soletramos incessantemente”. Walter Benjamin também estava convencido desta verdade. Tanto que ele afirmou com relação ao seu projeto de escrever a história do século XIX a partir das passagens e galerias de Paris: “O discurso sobre o livro da natureza alude ao fato de que se pode ler a efetividade como um texto. Assim deverá ser feito aqui com a efetividade do século XIX. Nós abrimos o livro do sucedido”. O presente estudo analisa a obra de Walter Benjamin - reconhecidamente o mais criativo pensador do período entre Guerras da Alemanha - do ponto de vista da sua relação com os revolucionários poetas-filósofos Novalis e Friedrich Schlegel. O pensamento de Benjamin é iluminado a partir de vários conceitos fundamentais, como o de “tradução”, de “linguagem originária”, de “leitura do mundo”, de “filosofia como interpretação” e de “aura”. O autor ainda abre a obra de Benjamin a uma leitura interna, destacando o percurso de um pensamento original que uniu como poucos a tradição filosófica do Idealismo e do Romantismo à tradição do Judaísmo.
Este livro de Márcio Seligmann-Silva trata do conceito de crítica em Walter Benjamin (1892-1940), que se propôs “recriar a critica como gênero” nos tempos da República de Weimar, através do estudo e aperfeiçoamento da critica de arte criada com base nas propostas filosóficas de Kant e Fichte pelos românticos de lena, Friedrich Schlegel e Novalis. A partir de um exame das pesquisas já existentes sobre a questão, este trabalho dedica-se a comparar as concepções de Benjamin e dos românticos focalizando três aspectos centrais: a filosofia da linguagem, a crítica do conhecimento e a crítica de arte.
Nesses três âmbitos, o estudo se detém, por um lado, no uso estrategicamente negativo do conceito de crítica, no sentido de que Benjamin precisou “limpar a área de ação do crítico”, para poder recriar o gênero. São expostas detalhadamente a crítica de uma concepção puramente instrumental e comunicativa da linguagem, a partir de uma concepção mágica e metafísica; a crítica das teorias racionalistas, sistêmicas e logocêntricas do conhecimento, próprias da Aufklärung, a partir de um resgate do mito, do fragmento e da protolinguagem (Ursprache); e a crítica de formas tradicionais de crítica da arte como o universalismo superficial da história das ideias, as diversas facetas do positivismo (biográfico, psicologista, sociologizante), o formalismo e a apologia de autores e obras - contrapondo-Ihes uma concepção de critica como medium-de-reflexão.
Por outro lado, o trabalho deixa claro que o conceito benjaminiano e romântico de critica é baseado numa visão essencialmente positiva, em que se destaca uma teoria do conhecimento que engloba o trabalho da imagem ao lado do trabalho do conceito, bem como a noção de uma crítica poética, produtiva, que “potencia” a obra criticada, atualizando-a num determinado “agora” que rompe com o “continuum” da história.
Uma característica marcante do estudo de Márcio Seligmann-Silva, que é também tradutor da tese de doutorado de Benjamin sobre o romantismo alemão, é o fato de ele pensar o conceito de critica poética em estreita relação com a teoria e prática da tradução, o que pode se tornar particularmente fecundo para o debate desses conceitos de critica no contexto intelectual brasileiro.
Willi Bolle
Autor1SELIGMANN-SILVA, MARCIO

Especificação

ISBN9786555190427
TítuloLer o livro do mundo
EditoraILUMINURAS
Formato22.5 X 15.5 cm
Espessura12 cm
Páginas240
IdiomaPortuguês
AssuntoFILOSOFIA
Tipo de CapaLIVRO BROCHURA (PAPERBACK)
Edição2ª Edição
Ano de Publicação2020

QUEM VIU, VIU TAMBÉM

Veja os livros que os outros também se interessam!

Quem viu, viu também

QUEM COMPROU, COMPROU TAMBÉM

Veja os livros que os outros também se interessam!

Quem comprou, comprou também

MAIS VENDIDOS

Veja os livros mais vendidos desta categoria!

Mais Vendidos