De que maneira a filosofia e as artes entenderam o corpo em momentos decisivos da história? Qual a natureza profunda das intervenções da ciência sobre o corpo e que implicações éticas decorrem dessas experiências? Essas são algumas das perguntas queos ensaios de 'O homem-máquina' procuram responder.Como afirma Adauto Novaes no texto de apresentação do volume, a ciência "desencanta" o mundo, mas também opera "milagres", como clonar animais, implantar membros e transplantar órgãos, gravar a memória humana em circuitos eletrônicos, possibilitar o adiamento da morte. O fascínio das descobertas e das conquistas científicas decorre desse duplo caráter, de beleza e de perigo, das inovações criadas pela inteligência humana. Nos ensaios de 'O homem-máquina', filósofos, cientistas, artistas e estudiosos discutem as relações entre ciência e corpo, para refletir sobre os limites da experimentação científica e os riscos do predomínio da tecnologia na existência humana. Os textos foram originalmente apresentados no ciclo de conferências de mesmo nome, organizado por Adauto Novaes para a série Artepensamento. As palestras aconteceram em 2001 no Rio de Janeiro, em Brasília e São Paulo - cidades em que o evento foi realizado no Centro CulturalBanco do Brasil - e em Curitiba, onde contou com apoio do Sesc (Serviço Social do Comércio).