Prefaciado por Ricardo Abramovay, professor titular do Departamento de Economia da FEA/USP, coordenador de seu Núcleo de Economia Socioambiental e pesquisador do CNPQ, 'Economia civil - eficiência, equidade, felicidade pública' mostra que o importante é definir uma alternativa de visão que busca a eficiência e, de outra, que busca a justiça. Muitos paradoxos do mundo global têm mais a ver com situações de carência social do que material. No entanto, as visões dominantes da relação entre economia e sociedade ignoram esse fato. Para alguns, a empresa é uma atividade à qual cabe produzir riqueza e ser eficiente, a distribuição da riqueza é tarefa do Estado. Para outros, ela é espaço de exploração social. A visão da Economia Civil, discutida nesse livro, considera que também se podem incorporar outros princípios, como as relações humanas e a reciprocidade. É uma visão que concebe espaços no mercado que sejam lugares civis e civilizatórios e até mesmo de felicidade pública. Na obra, os autores buscam ressaltar as origens e aprofundar as raízes desta tradição de pensamento que é tipicamente italiana e fruto do humanismo civil dos séculos XV e XVI, cuja ideia principal é remeter o mercado a uma concepção centrada no princípio da reciprocidade e das virtudes civis.