Sinopse1 | Tente se imaginar por um instante sem seus sentidos. Não apenas sem a visão, mas sem o tato, sem a audição, o olfato, o paladar, sem o senso de movimento, sem o senso de temperatura. Qual a sensação? Desesperadora não é? Sem nossos sentidos não apreendemos o mundo, não nos envolvemos, ficamos distantes, isolados. Sem nossos sentidos sofremos; nossa mente perde a referência, pois é através de nossos sentidos que interpretamos e nos situamos no mundo, é através dos sentidos que formamos memórias de paisagens e objetos, é através dos sentidos que criamos e damos formato a discursos e narrativas. Pelos sentidos experimentamos o mundo, nos tornamos o que somos e construímos nossa própria identidade. Mas a despeito da importância que os sentidos têm em nossa vida diária, damos pouca importância a eles. Tomamos os sentidos apenas como uma ferramenta fisiológica. Mas os sentidos não são apenas uma resposta fisiológica aos estímulos do mundo, os sentidos são habilidades encorpadas, educadas e desenvolvidas como parte da vida diária. Assim como aprendemos o que é ser homem ou mulher, o que é ser católico, protestante ou budista, o que é ser rico ou pobre, capitalista ou anarquista, aprendemos o que são e para que servem os sentidos. Aprendemos que o certo é não tocar nas pessoas, é não falar alto, é mascarar e disfarçar os odores pessoais. Aprendemos que o certo é comer determinados pratos e não outros e que os cheiros fortes estão associados ao desleixo, à pobreza e às doenças. No ocidente aprendemos que o tato, o olfato e o paladar estão ligados à luxúria e ao pecado e que a visão e a audição são os sentidos da racionalidade, da verdade. Fomos educados a acreditar que o civilizado é aquele que controla seus sentidos e que o selvagem é aquele que se rende aos apelos do corpo e, desta maneira, valoramos o Eu e o Outro. A maneira pela qual os sentidos são educados criam estruturas para ação e interpretação do mundo que oferecem e regulam possibilidades aos indivíduos. Neste contexto a proposta da Arqueologia Sensorial é entender como as pessoas produzem sua subjetividade, sua identidade coletiva, suas experiências, seu dia a dia, suas rotinas e como elas construíram sua própria história através da experiência sensorial da matéria. |
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Autor1 | PELLINI, JOSE ROBERTO |
ISBN | 9788555071928 |
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Título | Arqueologia e os Sentidos: Entrando na toca do coelho |
Editora | PRISMAS |
Formato | 14,8 X 21 cm |
Espessura | 2,2 cm |
Páginas | 278 |
Idioma | Português |
Assunto | PSICOLOGIA E PSICANALISE |
Tipo de Capa | LIVRO BROCHURA (PAPERBACK) |
Edição | 1ª Edição |
Ano de Publicação | 2016 |
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