O exame, ainda que superficial, do mapa demográfico mundial, mostra-nos regiões superpovoadas e regiões despovoadas. Entre estas destacam-se o Sahara, a Antártida, as vastidões geladas da Sibéria, do norte do Canadá, o Alasca e as alturas nevadas do Tibete ou alguns outros maciços, além de naturalmente a Amazônia. Todas essas regiões são praticamente inabitáveis, exceto a última. Se sabe que uma terra desabitada mas habitável sempre será objeto cobiçado. Sendo a única, correrá perigo independente de tratados e convenções. Ante essa realidade manifestam-se pressões, baseadas em concepções forjadas segundo as quais, acima das fronteiras nacionais está o interesse da humanidade. Nossa Amazônia, com vastíssimos recursos naturais ainda inexplorados é, naturalmente, objeto de cobiça. Agravando nossas preocupações a descoberta de incríveis jazidas minerais e o início do uso das bordas da floresta para a agropecuária ameaçou os cartéis e alterou radicalmente a ordem econômica mundial fazendo a balança pender a favor do Brasil. Já conhecemos demonstrações da difícil aceitação dessa realidade. Para complicar a situação, a Crise Financeira que avassala as moedas do Primeiro Mundo ameaça impedi-los de adquirir os recursos naturais no comércio mundial e se tiverem força serão tentados a tomá-los. Certamente, os senhores do poder mundial cogitarão de usar todos os meios para impedir tais circunstancias favoráveis ao Brasil. E serão capazes até de atos de beligerância segundo registra a história da humanidade. Trata-se de um período real e imediato. Urge prevenir tal risco para que as nossas novas gerações do III Milênio não precisem de recorrer às armas, na defesa da integridade nacional.