O livro é uma pesquisa das relações entre ética e arte na sociedade contemporânea, apresentando uma perspectiva nietzschiana do homem como afirmador da existência, aquele que teme os perigos, mas ri de si mesmo e supera-se.
"As obras contemporâneas são sintomáticas de que existe um mal-estar na atualidade", afirma a autora. Segundo ela, a sociedade pós-moderna ou "sociedade do espetáculo", pertencente à era pós-industrial do capitalismo baseada na informação e na comunicação, que emerge após a Segunda Guerra Mundial, designa o estado da cultura após essas transformações que afetaram as regras do jogo da ciência, da literatura e das artes desde o fim do século XIX.
"A industrialização do sistema de produção colocou em crise a obra de arte que era um objeto modelo das outras atividades na época em que o artesanato era o sistema dominante de produção. E a história da arte moderna é a história dessa crise do sistema", diz Priscilla Nascimento.
Na obra, a autora questiona a criação publicitária, que se utiliza de uma série de pesquisas sobre a psicologia e sobre a percepção para persuadir o consumidor a participar dessa lógica de mercado. Trata das indagações do pós-moderno, das inquietações contemporâneas e de arte e desejo.