Livros impressos ou em circulação no Reino de Portugal trazidos ou remetidos para a Capitania/Província de Pernambuco deveriam ser submetidos ao julgamento e à autorização da Real Mesa Censória. Entre os anos de 1769 e 1807 foram recebidos mais de dois mil títulos, que se destinavam aos religiosos, às escolas menores, aos cursos de filosofia. A grande incidência de missais, breviários, sermões, vidas de santos, folhinhas de devoção, demonstrou a influência da Igreja Católica na propagação da fé. Ao mesmo tempo, as reformas da Universidade de Coimbra e dos cursos de filosofia direcionaram os temas, diversificando as leituras. Direito, belas-letras, botânica, matemática passaram a complementar os róis que acompanhavam as petições de clérigos, livreiros, profissionais. São autores e títulos que demonstram as leituras do século XVIII em Pernambuco.