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Sobre o estudo da poesia grega

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SINOPSECARACTERÍSTICAS

Descrição

O Romantismo no final do século XVIII foi um movimento tão multifacetado que dele já se disse que rompeu com os clássicos, mas também que permaneceu sob a tirania dos clássicos. Para artistas e filósofos, estava em questão a antiga herança grega, isto é, a relação com sua tradição. Nesse contexto, "Sobre o estudo da poesia grega" foi central na gênese do pensamento romântico alemão sobre a história.
O título já é indicativo: não se trata apenas da poesia grega, mas de como fazer o seu estudo. O problema, para o jovem autor Friedrich Schlegel, era menos a arte clássica do que a forma de se apropriar dela contemporaneamente. O objetivo do debate erudito era também comparar o passado à nova situação presente: aquele tinha unidade, totalidade, objetividade, naturalidade, ingenuidade e beleza; esta era fragmentada, individual, subjetiva, artificial, reflexiva e interessante. Novalis, poeta e amigo de Schlegel, dizia que a estética do Romantismo não apenas estava criando a modernidade, mas também - pelo contraste - a antiguidade.
O desafio, como se vê, não estava em recusar ou endossar os clássicos, e sim em entreter uma relação diferente com eles.
Os românticos recuperaram o valor da Idade Média e descobriram o Oriente, porém, jamais abandonaram a Grécia. Por sua vez, o elogio à poesia grega - e ele é intenso aqui - exigiria uma crítica de seu estudo habitual, que se amparava na mera imitação de velhos modelos.
Isso porque a meta de Schlegel era contribuir, por meio da crítica literária, para a formação moderna. Era compreender como os versos de Dante ou os dramas de Shakespeare pavimentavam o caminho a seguir pela poesia, a partir de um novo contato com os antigos, menos submisso às lições poéticas aristotélicas.
O "dialeto dos fragmentos" de vanguarda que Schlegel iria, depois, inventar com seu grupo da revista Athenäum foi, em grande escala, um desdobramento e uma transformação de Sobre o estudo da poesia grega. Esse marco no debate moderno sobre a antiguidade, além de nos ensinar sobre a cultura clássica, expõe assim a ideia de uma perfectibilidade infinita da poesia, de que há uma poesia universal e progressiva, justamente o que foi buscado pela filosofia do Romantismo.

Pedro Duarte (PUC-Rio)

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Sinopse1O Romantismo no final do século XVIII foi um movimento tão multifacetado que dele já se disse que rompeu com os clássicos, mas também que permaneceu sob a tirania dos clássicos. Para artistas e filósofos, estava em questão a antiga herança grega, isto é, a relação com sua tradição. Nesse contexto, "Sobre o estudo da poesia grega" foi central na gênese do pensamento romântico alemão sobre a história.
O título já é indicativo: não se trata apenas da poesia grega, mas de como fazer o seu estudo. O problema, para o jovem autor Friedrich Schlegel, era menos a arte clássica do que a forma de se apropriar dela contemporaneamente. O objetivo do debate erudito era também comparar o passado à nova situação presente: aquele tinha unidade, totalidade, objetividade, naturalidade, ingenuidade e beleza; esta era fragmentada, individual, subjetiva, artificial, reflexiva e interessante. Novalis, poeta e amigo de Schlegel, dizia que a estética do Romantismo não apenas estava criando a modernidade, mas também - pelo contraste - a antiguidade.
O desafio, como se vê, não estava em recusar ou endossar os clássicos, e sim em entreter uma relação diferente com eles.
Os românticos recuperaram o valor da Idade Média e descobriram o Oriente, porém, jamais abandonaram a Grécia. Por sua vez, o elogio à poesia grega - e ele é intenso aqui - exigiria uma crítica de seu estudo habitual, que se amparava na mera imitação de velhos modelos.
Isso porque a meta de Schlegel era contribuir, por meio da crítica literária, para a formação moderna. Era compreender como os versos de Dante ou os dramas de Shakespeare pavimentavam o caminho a seguir pela poesia, a partir de um novo contato com os antigos, menos submisso às lições poéticas aristotélicas.
O "dialeto dos fragmentos" de vanguarda que Schlegel iria, depois, inventar com seu grupo da revista Athenäum foi, em grande escala, um desdobramento e uma transformação de Sobre o estudo da poesia grega. Esse marco no debate moderno sobre a antiguidade, além de nos ensinar sobre a cultura clássica, expõe assim a ideia de uma perfectibilidade infinita da poesia, de que há uma poesia universal e progressiva, justamente o que foi buscado pela filosofia do Romantismo.

Pedro Duarte (PUC-Rio)
Autor1SCHLEGEL

Especificação

ISBN9788573215885
TítuloSobre o estudo da poesia grega
EditoraILUMINURAS
Formato14 X 21 cm
Espessura0,60 cm
Páginas160
IdiomaPortuguês
AssuntoCRITICA LITERARIA E TEORIA LITERARIA
Tipo de CapaLIVRO BROCHURA (PAPERBACK)
Edição1ª Edição
Ano de Publicação2018

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