SOBRE A ONTOLOGIA CINZENTA DE DESCARTES
Sinopse1 | A interpretação das Regulae ad directionem ingenii levanta um problema específico: primeira obra constituída, permanece, no entanto, inacabada, inédita e quase dissimulada pelo próprio autor. Descartes não a menciona nem nas suas obras posteriores, nem na correspondência. A maioria dos críticos tentou entendê--la a partir da problemática do método e do Discurso de 1637. Daí surgem impasses evidentes, dado que os conceitos originais das Regulae desaparecem precisamente no momento posterior que tornaram possível. Restava uma via: definir as Regulae como um diálogo com um interlocutor que nunca é nomeado, perante o qual o pensamento do jovem Descartes, então nos seus primórdios, devia explicar-se a fim de se tornar cartesiano. E esse interlocutor é Aristóteles. O reencontro com os textos aristotélicos examinados por cada uma das Regulae suscita uma polémica, que contribui para esclarecer o ponto de partida da doutrina cartesiana da ciência. Mas a epistemologia não se estabelece refutando outra epistemologia, mas sim, recusando uma ontologia; a ontologia de Aristóteles. Descartes conquista, então, com a sua epistemologia, nada mais nada menos do que uma ontologia. Ontologia cinzenta, porque a exaltação da epistemolgia por ela permitida parece dispensá-la de se pensar a si própria como tal. Ontologia cinzenta, mas determinante para a metafísica cartesiana e para todo o pensamento ocidental após Descartes. |
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Autor1 | MARION, JEAN-LUC |
ISBN | 9728329407 |
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Título | SOBRE A ONTOLOGIA CINZENTA DE DESCARTES |
Editora | INSTITUTO PIAGET |
Formato | 16X24 cm |
Espessura | 3 cm |
Páginas | 308 |
Idioma | Português |
Assunto | FILOSOFIA |
Edição | 1ª Edição |
Ano de Publicação | 1997 |
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