Em uma terra de corpos nus e sexo à flor da pele, o homem português construiu seu universo de poder. O pênis era o símbolo de sua vontade, o cetro de comando que permitia subjugar todas as mulheres que só existiam para servi-lo, ora por meio do sexo, ora parindo os filhos que perpetuariam seu nome. O regime patriarcal no Brasil obrigou as mulheres a submeterem-se ao senhor da casa-grande. Brancas, negras ou índias, elas estavam à mercê dos mandos e desmandos do pai, do marido ou dos filhos. Mesmo a mulher branca, senhora da casa, chefe do universo doméstico, teve de conviver com a opressão de seu papel social. Ao analisar a obra de Gilberto Freyre, Fátima Quintas reconstrói a vida dessas mulheres e a história de suas relações com o regime patriarcal, que definiu quase todos os aspectos de sua existência.
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