Retradução de poetas franceses no Brasil: de lamartine a prévert

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Descrição

Este livro nasceu de um encontro. Em 2014, Álvaro Faleiros tornou-se orientador de Thiago Mattos, que iniciava uma pesquisa sobre as retraduções brasileiras de Mon coeur mis à nu, de Charles Baudelaire. Faleiros, por sua vez, havia concluído recentemente uma tese de livre docência sobre a retradução de alguns poetas franceses no Brasil. A partir dessa confluência de trajetos percorridos e por recorrer, foram construindo conjuntamente, para além das idiossincrasias da literatura francesa, um estudo geral sobre a retradução, assunto que pelo menos desde a década de 1990 vem se tornando cada vez mais presente nos estudos de Tradução. Tomando como ponto de partida o já clássico artigo de Antoine Berman, “A retradução como espaço da tradução”, Álvaro Faleiros e Thiago Mattos percorrem autores como Yves Gambier e René Jean-René Ladmiral, na tentativa de compreender os modos como a retradução foi sendo lida desde Berman e de propor uma definição própria de retradução, que ao mesmo tempo leve em consideração o que já foi dito sobre o assunto (por exemplo, a relação entre a retradução e o envelhecimento das traduções, já presente em Berman) e aponte para desdobramentos que a questão possibilita e mesmo exige (a retradução mais como um espaço relacional de modos de ler e dar a ler do que propriamente uma evolução qualitativa de traduções). Traçado esse desenho geral da retradução, os autores se dedicam a casos ilustrativos no âmbito da retradução de literatura francesa no Brasil, contemplando Lamartine, Victor Hugo, Baudelaire, Mallarmé, Apollinaire e Prévert. Assim, mais do que um estudo de retraduções restrito ao universo de língua francesa, este livro é também o desenvolvimento de um estudo sobre a própria noção de retradução, suas dinâmicas e seus porquês.
***
O livro A retradução de poetas franceses no Brasil: de Lamartine a Prévert, de Álvaro Faleiros e Thiago Mattos, dois poetas excepcionais, é primoroso. Os autores-poetas-tradutores são também pesquisadores de renome que souberam entregar ao leitor uma crítica sobre a retradução poética e questões (ou “inquietudes”, como dizem no seu texto) relativas a “posições tradutórias” que estão em jogo em cada proposta de retradução. Ambos têm publicado vários trabalhos a esse respeito, adicionalmente às suas próprias teses de doutoramento dedicadas aos poetas franceses e suas diversas traduções e retraduções, principalmente de forma diacrônica — o que lhes confere também o papel de historiadores e críticos da tradução.
O tema é de importância, pois a retradução é, para mim, uma manifestação de subjetividade por parte do (re)tradutor, principalmente no âmbito microestrutural, no qual ele desfruta de liberdade de escolhas e decisões. Traduções e retraduções escrevem a memória histórica de um texto de outra cultura, escrito em outro tempo e espaço.
Os autores, Faleiros e Mattos, questionam o ato de retradução, que implica em um fazer outro, diferente. Retomando Berman, mostram como geralmente as primeiras traduções funcionam como uma tradução-introdução, enquanto as retraduções teriam como função mostrar a outra cultura sem naturalizar tanto o texto traduzido. O estatuto das retraduções vem do fato de que os textos e autores já estão canonizados no sistema literário e cultural de origem. Ainda segundo Berman, se toda tradução está fadada ao envelhecimento, o que, a princípio, justifica a retradução, algumas parecem imunes ao tempo, e por isso mesmo assumem o papel de grandes traduções. Pensando a partir do trabalho de Berman, e, portanto, sem negar seu interesse, os autores propõem ver a retradução mais como um espaço de convivência tensa entre modos possíveis de (re)ler e reescrever um texto do que como uma linha evolutiva de substituição de traduções.
Entre a primeira tradução e a retradução há um comentário, explícito ou não. É esse comentário crítico de excelência sobre poetas como Baudelaire, Mallarmé e Apollinaire, entre outros, que Faleiros e Mattos apresentam neste livro. Mas não somente. Dão também visibilidade aos (re)tradutores, como Castro Alves, Tavares Bastos e Mário Laranjeira. (Re)-tradutores poetas. Autores-poetas de poesia retraduzida. Um livro de referência para todos os poetas-(re)-tradutores-pesquisadores.
— Marie-Hélène Catherine Torres (PGET/UFSC)

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Sinopse1Este livro nasceu de um encontro. Em 2014, Álvaro Faleiros tornou-se orientador de Thiago Mattos, que iniciava uma pesquisa sobre as retraduções brasileiras de Mon coeur mis à nu, de Charles Baudelaire. Faleiros, por sua vez, havia concluído recentemente uma tese de livre docência sobre a retradução de alguns poetas franceses no Brasil. A partir dessa confluência de trajetos percorridos e por recorrer, foram construindo conjuntamente, para além das idiossincrasias da literatura francesa, um estudo geral sobre a retradução, assunto que pelo menos desde a década de 1990 vem se tornando cada vez mais presente nos estudos de Tradução. Tomando como ponto de partida o já clássico artigo de Antoine Berman, “A retradução como espaço da tradução”, Álvaro Faleiros e Thiago Mattos percorrem autores como Yves Gambier e René Jean-René Ladmiral, na tentativa de compreender os modos como a retradução foi sendo lida desde Berman e de propor uma definição própria de retradução, que ao mesmo tempo leve em consideração o que já foi dito sobre o assunto (por exemplo, a relação entre a retradução e o envelhecimento das traduções, já presente em Berman) e aponte para desdobramentos que a questão possibilita e mesmo exige (a retradução mais como um espaço relacional de modos de ler e dar a ler do que propriamente uma evolução qualitativa de traduções). Traçado esse desenho geral da retradução, os autores se dedicam a casos ilustrativos no âmbito da retradução de literatura francesa no Brasil, contemplando Lamartine, Victor Hugo, Baudelaire, Mallarmé, Apollinaire e Prévert. Assim, mais do que um estudo de retraduções restrito ao universo de língua francesa, este livro é também o desenvolvimento de um estudo sobre a própria noção de retradução, suas dinâmicas e seus porquês.
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O livro A retradução de poetas franceses no Brasil: de Lamartine a Prévert, de Álvaro Faleiros e Thiago Mattos, dois poetas excepcionais, é primoroso. Os autores-poetas-tradutores são também pesquisadores de renome que souberam entregar ao leitor uma crítica sobre a retradução poética e questões (ou “inquietudes”, como dizem no seu texto) relativas a “posições tradutórias” que estão em jogo em cada proposta de retradução. Ambos têm publicado vários trabalhos a esse respeito, adicionalmente às suas próprias teses de doutoramento dedicadas aos poetas franceses e suas diversas traduções e retraduções, principalmente de forma diacrônica - o que lhes confere também o papel de historiadores e críticos da tradução.
O tema é de importância, pois a retradução é, para mim, uma manifestação de subjetividade por parte do (re)tradutor, principalmente no âmbito microestrutural, no qual ele desfruta de liberdade de escolhas e decisões. Traduções e retraduções escrevem a memória histórica de um texto de outra cultura, escrito em outro tempo e espaço.
Os autores, Faleiros e Mattos, questionam o ato de retradução, que implica em um fazer outro, diferente. Retomando Berman, mostram como geralmente as primeiras traduções funcionam como uma tradução-introdução, enquanto as retraduções teriam como função mostrar a outra cultura sem naturalizar tanto o texto traduzido. O estatuto das retraduções vem do fato de que os textos e autores já estão canonizados no sistema literário e cultural de origem. Ainda segundo Berman, se toda tradução está fadada ao envelhecimento, o que, a princípio, justifica a retradução, algumas parecem imunes ao tempo, e por isso mesmo assumem o papel de grandes traduções. Pensando a partir do trabalho de Berman, e, portanto, sem negar seu interesse, os autores propõem ver a retradução mais como um espaço de convivência tensa entre modos possíveis de (re)ler e reescrever um texto do que como uma linha evolutiva de substituição de traduções.
Entre a primeira tradução e a retradução há um comentário, explícito ou não. É esse comentário crítico de excelência sobre poetas como Baudelaire, Mallarmé e Apollinaire, entre outros, que Faleiros e Mattos apresentam neste livro. Mas não somente. Dão também visibilidade aos (re)tradutores, como Castro Alves, Tavares Bastos e Mário Laranjeira. (Re)-tradutores poetas. Autores-poetas de poesia retraduzida. Um livro de referência para todos os poetas-(re)-tradutores-pesquisadores.
- Marie-Hélène Catherine Torres (PGET/UFSC)
Autor1FALEIROS, ALVARO

Especificação

ISBN9788567569321
TítuloRetradução de poetas franceses no Brasil: de lamartine a prévert
EditoraRAFAEL COPETTI EDITOR
Formato14 X 21 cm
Espessura1,1 cm
Páginas198
IdiomaPortuguês
AssuntoCRITICA LITERARIA
Tipo de CapaBrochura
Edição1ª Edição
Ano de Publicação2017

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