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Prazeres e pecados do sexo na história do Brasil

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Descrição

Não existe pecado ao sul do Equador”, eis o título do famoso frevo queChico Buarque compôs para a peça Calabar, o elogio da traição (1973).Exprime o senso comum acerca do passado brasileiro, visto como umtempo de liberdade sexual, tolerância máxima em relação aos rigoresdo catolicismo, prazeres e gozos abrasados pelo calor do trópico.A erotização do carnaval brasileiro tem muito a ver com essa imagemdelirante da nossa história. Memória idealizada de uma sociedadeamiga do prazer e inimiga de tabus religiosos. Muitos celebraramesse despojamento, como Gilberto Freyre, nele vendo um atenuantepara os rigores de uma sociedade escravista. Outros viram a luxúriainfrene como pecado capital de nossa formação histórica, como PauloPrado. Gozassem menos e trabalhassem mais e o Brasil seria outro,sugeriu o autor na década de 1920.Este novo livro do sociólogo e filósofo Paulo Sérgio do Carmo,Prazeres e pecados do sexo na história do Brasil, complementa o anterior,Entre a luxúria e o pudor (2011), e felizmente não dá bola para a polêmicatradicional, tampouco endossa a memória do nosso passado afrodisíaco.Baseado na pesquisa produzida pelos historiadores universitários,sem desprezar os autores clássicos, o livro conduz o leitor a uma viagemno tempo, entre gritos e gemidos, amores e violências de todo tipo.Descortina os valores sexuais nativos e o encontro das índias comos colonos, que, devo dizer, nada tem a ver com a ideia de “estuprocoletivo” sustentada por minorias radicais. Mergulha no mundogay da colônia, perseguido pela Inquisição; expõe o uso e abuso sexualde negros e negras, fossem ou não escravizados; comenta as formasde assédio sexual, inclusive de padres, o palavreado chulo dasabordagens, os toques desabridos em partes íntimas, sobretudo seas mulheres fossem pobres e de cor.Nada de liberdade sexual no passado colonial. A profusãode fontes sobre o assunto indica, antes, o empenho repressivo da Igreja.Mas documenta, sem dúvida, situações cotidianas imperdíveis, em que odesejo se defrontava com a intolerância e o preconceito, tudo temperadopela escravidão, viga mestra de nossa história, e pelo ânimo predatórioda colonização.O que um livro sobre o sexo no Brasil colonial tem a ver com oBrasil de hoje? Muitíssimo, em especial no que se diz respeito ao dilematolerância versus intolerância que anima (ou desanima) debates atuais.Em todo caso, nosso autor adverte, logo no início, que o livro é sobretudodescritivo, e as interpretações “ficam abertas à imaginação do leitor”.Amém.RONALDO VAINFASDoutor em história pela USP (1988), é atualmente professor visitante na UFRN.Autor de Trópico dos pecados (1989), A heresia dos índios (1995), Traição(2008) e Jerusalém colonial (2010).

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Sinopse1Não existe pecado ao sul do Equador”, eis o título do famoso frevo queChico Buarque compôs para a peça Calabar, o elogio da traição (1973).Exprime o senso comum acerca do passado brasileiro, visto como umtempo de liberdade sexual, tolerância máxima em relação aos rigoresdo catolicismo, prazeres e gozos abrasados pelo calor do trópico.A erotização do carnaval brasileiro tem muito a ver com essa imagemdelirante da nossa história. Memória idealizada de uma sociedadeamiga do prazer e inimiga de tabus religiosos. Muitos celebraramesse despojamento, como Gilberto Freyre, nele vendo um atenuantepara os rigores de uma sociedade escravista. Outros viram a luxúriainfrene como pecado capital de nossa formação histórica, como PauloPrado. Gozassem menos e trabalhassem mais e o Brasil seria outro,sugeriu o autor na década de 1920.Este novo livro do sociólogo e filósofo Paulo Sérgio do Carmo,Prazeres e pecados do sexo na história do Brasil, complementa o anterior,Entre a luxúria e o pudor (2011), e felizmente não dá bola para a polêmicatradicional, tampouco endossa a memória do nosso passado afrodisíaco.Baseado na pesquisa produzida pelos historiadores universitários,sem desprezar os autores clássicos, o livro conduz o leitor a uma viagemno tempo, entre gritos e gemidos, amores e violências de todo tipo.Descortina os valores sexuais nativos e o encontro das índias comos colonos, que, devo dizer, nada tem a ver com a ideia de “estuprocoletivo” sustentada por minorias radicais. Mergulha no mundogay da colônia, perseguido pela Inquisição; expõe o uso e abuso sexualde negros e negras, fossem ou não escravizados; comenta as formasde assédio sexual, inclusive de padres, o palavreado chulo dasabordagens, os toques desabridos em partes íntimas, sobretudo seas mulheres fossem pobres e de cor.Nada de liberdade sexual no passado colonial. A profusãode fontes sobre o assunto indica, antes, o empenho repressivo da Igreja.Mas documenta, sem dúvida, situações cotidianas imperdíveis, em que odesejo se defrontava com a intolerância e o preconceito, tudo temperadopela escravidão, viga mestra de nossa história, e pelo ânimo predatórioda colonização.O que um livro sobre o sexo no Brasil colonial tem a ver com oBrasil de hoje? Muitíssimo, em especial no que se diz respeito ao dilematolerância versus intolerância que anima (ou desanima) debates atuais.Em todo caso, nosso autor adverte, logo no início, que o livro é sobretudodescritivo, e as interpretações “ficam abertas à imaginação do leitor”.Amém.RONALDO VAINFASDoutor em história pela USP (1988), é atualmente professor visitante na UFRN.Autor de Trópico dos pecados (1989), A heresia dos índios (1995), Traição(2008) e Jerusalém colonial (2010).
Autor1CARMO, PAULO SERGIO DO

Especificação

ISBN9788594931580
TítuloPrazeres e pecados do sexo na história do Brasil
EditoraSESC
Formato16 X 23 cm
Espessura2,5 cm
Páginas420
IdiomaPortuguês
AssuntoHISTORIA
Tipo de CapaLIVRO BROCHURA (PAPERBACK)
Edição1ª Edição
Ano de Publicação2019

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