As analogias, provavelmente, estão entre os recursos didáticos mais empregados por professores de ciências diante de temas ou entidades de interesse científico-escolar demasiadamente complexos e abstratos. nos livros didáticos de ciências, biologia, física e química, a situação não é diferente. Tanto os professores em salas de aula quantos os autores de livros didáticos recorrem a numeras fontes para construção de analogias e outros tipos de comparação. os átomos, por exemplo, apresentados a partir de diferentes teorias, são entidades de interesses científicos comparadas com diferentes sistemas ou estruturas: bolas de bilhar, pudins de passas, panetones, brigadeiros, estádios de futebol, sistemas planetários, colmeias de abelhas, etc. embora o uso de analogias apresente vários benefícios para mediação pedagógica, o seu emprego, sem os devidos cuidados, apresenta alguns riscos para a compreensão dos estudantes, principalmente quando a abordagem se configura como prática de ensino espontânea, sem planejamento e com pouca reflexão. O presente livro apresenta uma breve coletânea de trabalhos de investigação sobre o emprego de analogias no ensino de ciências, que foram realizados à luz da teoria do mapeamento estrutural de Dedre Gentner e colaboradores, construída no campo da psicologia cognitiva. todos esses trabalhos, elaborados sob a orientação do organizador deste livro - o prof. dr. Alexandre Ferry, empregaram nas análises um padrão de representação de mapeamento estrutural que se apresenta atualizado no capítulo das considerações finais.