O objetivo do livro é compreender e libertar a potência revolucionária do desejo, dinamitando as categorias em que a psiquiatria e a psicanálise o enquadraram. No centro do conflito está a concepção freudiana do inconsciente como teatro e representação - e sua pedra de toque, o drama de Édipo. Para Deleuze e Guattari, ao contrário, o inconsciente não é teatro, mas usina; não é povoado por atores simbólicos, mas por máquinas desejantes; e Édipo, por sua vez, não passa da história de um erro que bloqueia as forças produtivas do inconsciente, aprisiona-as no sistema da família e assim as remete a um teatro de sombras. 'O anti-Édipo' combina dispositivos da filosofia, da literatura, da antropologia, da arte, da economia, da ciência, da política e da biologia.
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