O fim das ditaduras nazi fascistas nos países do sul da Europa e das ditaduras de Segurança Nacional no Cone Sul é marcado por diferenças e semelhanças. Todos estes países foram lidando, desde o contexto em que se inicia a reconstrução de regimes democráticos, com o fortalecimento e/ou o surgimento de demandas com vistas ao esclarecimento das violações aos direitos humanos praticadas na vigência dos regimes autoritários. O que seria lembrado, em Portugal e na Espanha, por exemplo, em relação ao período em que Salazar e Franco estiveram no poder? Os envolvidos com os crimes seriam identificados e punidos? Quais foram as principais medidas implementadas na Argentina para levar os integrantes das Juntas militares ao banco dos réus? O que explica as diferenças entre as políticas de memória criadas no Uruguai em relação ao que vem sendo feito no Brasil e no Chile desde a redemocratização? Esta coletânea busca responder a estas e outras questões, reunindo, para tanto, pesquisadores e pesquisadores brasileiros e estrangeiros vinculados à Instituições de Ensino latino americanas e europeias. Seguindo o “rastro das transições”, os autores e as autoras dos estudos pretendem, na compreensão do passado recente dos países do Sul da Europa e do Conesul, identificar elementos que auxiliem no entendimento de problemas intimamente relacionados não só ao presente como ao futuro das novas democracias.