Além de um grande número de poemas, O mundo como Idéia traz um prólogo em que Bruno Tolentino discute elementos de sua poética e apresenta a gênese de criação do livro. O prólogo tem fôlego de ensaio e conta desde a iniciação de Tolentino na literatura, por meio de um casal de livreiros no Rio de Janeiro, passando pelos anos em que o poeta, radicado na Europa, toma contato mais próximo com a tradição ocidental e, por fim, discute seus últimos livros, publicados quando de seu retorno ao Brasil em 1993. O prólogo revela os nomes caros à poesia de Bruno Tolentino: Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes e sobretudo Yves Bonnefoy. A edição, muito bem cuidada, traz reproduções de Botticelli, Vermeer, Leonardo e Paolo Uccello, o que também revela a queda para as artes plásticas presente em diversos poemas.