O título deste livro já revela a pluralidade semântica contida na expressão "loucura". Movido, então, por esta diversidade de significados deste termo, o autor buscou explorar variados contextos em que a loucura se faz presente, que vão desde eventos folclóricos, como o carnaval - festa de extravasamento e liberação de impulsos severamente combatidos pela Igreja -, a estudos científicos sobre patologias mentais. Aqui, a interpretação do folclore é tida como um meio para explicar determinados fenômenos culturais a artísticos. O autor menciona a figura carnavalesca do Momo, que é a "personificação da culpa e da censura", "filho da noite e do sonho", "protetor das troças e das burlas", uma espécie de incentivador da loucura; também menciona a Igreja enquanto uma influência significativa - se não a principal - na determinação dos significados de loucura. São citados, também, nomes como Du Tillot, de Festas dos Loucos; Sebastian Brant, de A Nau dos Loucos; Machado de Assis, especialmente pela obra O Alienista; Philippe Pinel, pioneiro no estudo de tratamento para doentes mentais; Charcot, fundador da neurologia moderna; entre outros nomes importantes relacionados a esta temática.