Gente vai se separar, A
Não sei meu CEP
SINOPSECARACTERÍSTICAS

Descrição

"Eu preciso transformar em livro esta dor horrível", anuncia a narradora, logo no começo de A gente vai se separar. A sentença tem uma destinatária exata. Uma interlocutora cada vez mais silenciosa, cada vez mais ausente. Alguém que, em breve, vai morrer. Antes do Natal, talvez. Uma pessoa que, na verdade, já parece "bem mais morta do que quando comecei a escrever". Que teve, súbito, um diagnóstico inesperado. Câncer no cérebro. E que, agora, nem sempre se parece com quem era antes: "Quando eu crescesse, eu teria uma filha, e a tenho de supetão: ex-mãe. Cadê a minha mãe? Não volta mais."

Nesta obra, Ana Letícia Leal constrói um relato contundente e singular sobre a trajetória da perda. Um livro que é, ao mesmo tempo, um diário de preparação para o luto e uma missiva dedicada a alguém que não chegará a lê-la. Um tratado sobre a dor e a solidão. Uma narrativa sobre o declínio do corpo e a fragilidade da vida. Mas, também, um elogio à arte de narrar e ao seu poder de resistência e de reinvenção.

Em fragmentos enumerados como numa contagem regressiva, a autora empresta sua habilidade literária à construção de um quebra-cabeças tão aflitivo quanto lírico. Os detalhes do tratamento, a radioterapia e as habilidades perdidas dia a dia se enovelam às lembranças do esmalte vermelho nos dedos ao telefone, do apreço à música e à loquacidade, do temperamento forte. Com isso, a personagem vigorosa do passado vai se imiscuindo na figura da mãe que adoece - e desaparece - um pouco mais a cada instante.

Um pote de doce de leite compartilhado, os momentos diante da TV, o sanduíche preparado com esmero, a gata que se aproxima e interrompe a escrita. "A gente vai se separar" encara a morte pelo ângulo mais íntimo - e, por isso mesmo, mais desconcertante. Em contraponto, a trajetória de sustos, ambulâncias e internações é narrada de forma crua e objetiva. Como numa montanha-russa, em que a literatura é, simultaneamente, tábua de salvação e dose extra de adrenalina. O luto e a perda, temas recorrentes na obra da autora, aqui se desenham de forma traiçoeira, em múltiplas camadas de luz sobre a dor brutal da morte materna.

Especificações Técnicas

Home

Sinopse1"Eu preciso transformar em livro esta dor horrível", anuncia a narradora, logo no começo de A gente vai se separar. A sentença tem uma destinatária exata. Uma interlocutora cada vez mais silenciosa, cada vez mais ausente. Alguém que, em breve, vai morrer. Antes do Natal, talvez. Uma pessoa que, na verdade, já parece "bem mais morta do que quando comecei a escrever". Que teve, súbito, um diagnóstico inesperado. Câncer no cérebro. E que, agora, nem sempre se parece com quem era antes: "Quando eu crescesse, eu teria uma filha, e a tenho de supetão: ex-mãe. Cadê a minha mãe? Não volta mais."

Nesta obra, Ana Letícia Leal constrói um relato contundente e singular sobre a trajetória da perda. Um livro que é, ao mesmo tempo, um diário de preparação para o luto e uma missiva dedicada a alguém que não chegará a lê-la. Um tratado sobre a dor e a solidão. Uma narrativa sobre o declínio do corpo e a fragilidade da vida. Mas, também, um elogio à arte de narrar e ao seu poder de resistência e de reinvenção.

Em fragmentos enumerados como numa contagem regressiva, a autora empresta sua habilidade literária à construção de um quebra-cabeças tão aflitivo quanto lírico. Os detalhes do tratamento, a radioterapia e as habilidades perdidas dia a dia se enovelam às lembranças do esmalte vermelho nos dedos ao telefone, do apreço à música e à loquacidade, do temperamento forte. Com isso, a personagem vigorosa do passado vai se imiscuindo na figura da mãe que adoece - e desaparece - um pouco mais a cada instante.

Um pote de doce de leite compartilhado, os momentos diante da TV, o sanduíche preparado com esmero, a gata que se aproxima e interrompe a escrita. "A gente vai se separar" encara a morte pelo ângulo mais íntimo - e, por isso mesmo, mais desconcertante. Em contraponto, a trajetória de sustos, ambulâncias e internações é narrada de forma crua e objetiva. Como numa montanha-russa, em que a literatura é, simultaneamente, tábua de salvação e dose extra de adrenalina. O luto e a perda, temas recorrentes na obra da autora, aqui se desenham de forma traiçoeira, em múltiplas camadas de luz sobre a dor brutal da morte materna.
Autor1LEAL, ANA LETICIA

Especificação

ISBN9788559080025
TítuloGente vai se separar, A
EditoraTINTA NEGRA BAZAR EDITORIAL
Formato14X18 cm
Espessura1 cm
Páginas112
IdiomaPortuguês
AssuntoLITERATURA BRASILEIRA
Edição1ª Edição
Ano de Publicação2016

QUEM VIU, VIU TAMBÉM

Veja os livros que os outros também se interessam!

Quem viu, viu também

QUEM COMPROU, COMPROU TAMBÉM

Veja os livros que os outros também se interessam!

Quem comprou, comprou também

MAIS VENDIDOS

Veja os livros mais vendidos desta categoria!

Mais Vendidos