Em pleno século XXI não se pode negar a importância que nós, mulheres, temos na sociedade, sociedade essa que há poucos séculos era patriarcal, machista, porém isso é passado. O momento vivido hoje por nós, mulhe­res, é realmente grandioso, mas temos muito a fazer para manter nossas vozes vivas e ecoando pelos quatro cantos do mundo, pois essa vitória con­quistada nos deixou marcas, muitas vezes feridas, e um peso sobre-huma­no. Além das funções que nos cabe como esposas, mães e donas de casa, agora estamos inseridas em todas as áreas profissionais e, por essa razão, sobrecarregamo-nos pagando um preço muito alto por isso; esquecemo-nos da mulher que existe em cada uma de nós. Não se esqueça de que fomos criadas aos moldes da sociedade; o que nos tornamos não é o que realmente somos, pois nossa essência não pode ser moldada ou manipulada. Agora estamos “Despertas”, acordamos do sono da ignorância, do qual o sistema insistiu em nos manter. Como dizia Mary Ann Evans: “Nunca é tarde demais para ser aquilo que você deveria ser”. Antecipadamente lhe aviso que essa viagem não será fácil, já que iremos tocar em muitas feridas, vasculharemos seu arquivo de memória, e sei que existem muitos assuntos pendentes, mal resolvidos e que preferiu arqui­vá-los para não sofrer mais.