A comunidade dos historiadores acadêmicos e dos profissionais em História - os professores de ensino fundamental e médio, os profissionais nos arquivos, bibliotecas e centros de documentação em variadas atividades e funções, os especialistas em patrimônio e preservação dos acervos históricos e os docentes no ensino superior - comemora neste ano de 2011 o cinquentenário da fundação da Associação Nacional de História - Anpuh. Entre as várias formas de comemoração a que historiadores se dedicam - conferências, congressos, encontros, mesas-redondas, simpósios -, mesmo que de forma crítica, a edição de livros é sempre referencial, pois permite manter vivo o que foi apresentado e discutido, e o "estado da arte" em determinado momento, lembrando que no decorrer dos anos esses também se transformam em fontes, para estudos, análises e reflexões críticas no campo especializado da história da História através da análise historiográfica.
Este livro é, entre outros que estão sendo editados como parte das comemorações da Anpuh em seus cinquenta anos, um balanço do conhecimento historiográfico em vários dos núcleos estaduais.
Como a própria produção historiográfica nacional, que acompanha a fragmentação do campo que ocorreu internacionalmente, os textos contêm múltiplos e variados olhares, visões gerais ou específicas, que denotam a fragmentação e a multiplicidade de análises possíveis em nossos dias.
Nesta coletânea, encontramos as diversas formas de praticar a história da História: relação de autores e obras, análises de instituições, estruturação geracional da produção, análises críticas de percurso e de transformações no campo dos estudos históricos no país. É um "estado da arte" fragmentado, e que pode parecer, aos olhos não treinados em história da História, conflitante, mas apresenta as percepções e perspectivas do campo historiográfico em cada estado, de acordo com os autores. Não houve a preocupação de uniformizar os olhares e as análises. Ao contrário, a variedade permite captar a riqueza dos estudos de história da História, o processo de amadurecimento intelectual e profissional dos historiadores, a relação que estabelecem com seu campo de trabalho e a formação de uma comunidade científica.