Neste livro, a maçonaria é também uma reflexão sobre a antropologia (e, portanto, sobre a etnografia). Por exemplo, no relato sobre a experiência de encontro da antropóloga com a maçonaria, entre sua experiência e suas escolhas metodolóicas, em parte também motivadas pelo modo de ser na maçonaria. Os temas - associação, política, moralidade, gênero, história, cosmologia e ritual - não foram tratados fora de suas relações, nem usados para dividir capítulos. Eles se dispersam no texto, compondo a configuração maçônica, particularmente, a do Grande Oriente do Brasil. A descrição quase integral do jardim de Ângelo Querini, um maçom do século XVIII, logo no início, e uma entrada no universo maçônico, com uma feição - talvez, uma função - quimérica em relação ao que se segue, atuando como distância e como diferença, na maçonaria e da escrita antropológica.
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