Em Portugal, a partir de 1822, foi atacado e vilipendiado por uma larga franja da população lusitana como um traidor, um rebelde às decisões legítimas das Cortes, um suspeito de se ter deixado enredar nas teias da Maçonaria, tornando-se um inimigo da religião católica, um ambicioso sem limites, que atentou contra a integridade do território da coroa de seu pai, mutilando-o. No Brasil, embora entronizado como um herói nos primeiros tempos, D. Pedro acabaria também por se transformar, a partir de 1823 e, sobretudo, de 1826, em um absolutista, autocrata, soberano imprevisível, que desconhecia amigos leais e dava largas ao seu poder discricionário, abusando de instituições que jurara respeitar.
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