O Teatro do Oprimido, criado por Augusto Boal durante sua ação no palco brasileiro nos anos de chumbo da ditadura militar, é hoje uma prática reconhecida internacionalmente, por dar voz e corpo às necessidades e aspirações de diferentes etnias, grupos e estratos em todos os continentes. A formação de especialistas em seu emprego torna-se, pois, uma necessidade não menos importante em nosso meio. É o que Tristan Castro-Pozo procura suprir com As Redes dos Oprimidos, que a editora Perspectiva publica em sua coleção Estudos. O leitor, participante ou não de um conjunto que se proponha a desenvolver um trabalho de expressão e comunicação nessa linha, encontrará aqui um guia seguro. Pontuando, em seu percurso, itens fundamentais dessa ação social e artística, o presente estudo orientará os possíveis praticantes ou assistentes, quer em relação ao papel do curinga na sua realização, quer no tocante às vias para a problematização, em seu contexto, dos temas político-culturais e estético-artísticos na sua atualidade e nas suas implicações.