Sinopse1 | Ao invés, portanto, de aglutinar os interesses dessa ou daquela classe, o Estado achava-se a serviço de si mesmo, tendo se tornado, inquestionavelmente, mais forte que a sociedade. O grande mérito de Faoro consiste em haver chamado a atenção para a importância da tradição cultural no adequado entendimento do processo histórico e, ao mesmo tempo, em ter recorrido à inspiração de Max Weber, abandonando as fastidiosas análises de cunho positivista-marxista, que se tornaram a nota dominante na abordagem da nossa realidade político-social neste pós-guerra. Vê-se que, em mãos de Faoro, a doutrina weberiana do Estado Patrimonial transformou-se numa espécie de determinismo histórico, o que se não o leva a capitular diante do marxismo pelo menos o tem habilitado a circular livremente no seio da autodenominada “esquerda”, pois a libera de reconhecer o papel que de fato exerce, de caudatária do patrimonialismo, além de ali- mentar a sua fogueira com a retórica do conceito vago e impreciso de “classe dominante”. Essa aversão ao lucro e à riqueza deixou marcas profundas em nossa cultura e trouxe algumas conseqüências de que não conseguimos até hoje nos livrar. |
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Autor1 | PAIM, ANTONIO |
ISBN | 9788560381012 |
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Título | A Querela do estatismo |
Editora | VIDE EDITORIAL |
Formato | 14 X 21 cm |
Espessura | 1,6 cm |
Páginas | 236 |
Idioma | Português |
Assunto | POLITICA E RELACOES INTERNACIONAIS |
Tipo de Capa | LIVRO BROCHURA (PAPERBACK) |
Edição | 3ª Edição |
Ano de Publicação | 2019 |
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