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A morte social dos rios

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SINOPSECARACTERÍSTICAS

Descrição

Considerado de um ponto de vista mais teórico, este livro trata da questão sociedade e natureza, cultura e natureza, como tema transversal e em suas relações com a sociologia, a antropologia e a geografia. Socialmente, recorta-o com o conceito de conflito através do qual diferentes segmentos/grupos/ classes sociais se apropriam (protagonizam para tornar próprio) dos rios. Geográfica e antropologicamente, expõe os diferentes quadros de vida que se forjam na Amazônia, ensejando, inclusive, que se fale dela no plural – Amazônias.
O presente trabalho é de interesse para um vasto público e, ao mesmo tempo, tem um tratamento conforme os cânones da comunidade científica. Dentro do escopo teórico abraçado pelo autor, observa-se um desenvolvimento com coerência, o que confere consistência à sua argumentação ainda enriquecida pelo conteúdo empírico fartamente utilizado. Aqui talvez resida a maior contribuição deste estudo, na originalidade de sua abordagem: ele foge do lugar- -comum das obras sobre meio ambiente, ao tratá-lo abertamente como um tema contraditório.
O modo e o calor com que o autor conduz sua argumentação – insisto –, com forte conteúdo empírico, revelam não só uma rica experiência (pode-se mesmo supor vivência) mas, sobretudo, consistência teórica capaz de ordenar a rica empiria. Para a sociologia, a obra tende a ser uma referência não só por esse rico conteúdo empírico, o que pode agradar uma sociologia de forte inspiração empirista, mas, sobretudo, por oferecer uma alternativa consistente para a abordagem do tema do meio ambiente, incorporando conceitos de uma sociologia não funcionalista.
Oferece, por outro lado, mais do que uma afirmação dogmática dos princípios da contradição, da dialética, do conflito, ao considerá-los no movimento vivo das contradições da Amazônia. A questão, sem dúvida, é um desses temas transversais que se coloca com um desafio à humanidade e, também, à ciência, na medida em que a modernidade tende a com ela se confundir. Nesse debate, a Amazônia se coloca “naturalmente” como o “outro” da cultura no imaginário da modernidade ocidental e, por essa via, como uma referência obrigatória por tudo o que a região abriga de diversidade biológica e cultural. O autor nos permite ainda, dada a complexidade teórica a que se abalançou (a referência a E. Morin é explícita), expor o debate amazônico longe de uma abordagem naturalista, ao propô-la em uma perspectiva antropológica com uma boa aproximação de conceitos sociológicos. Evita, assim, o conceito totalizante e abstrato de cultura a arrastar para o terreno movediço do espaço-tempo em que ele é tecido.
A vigência deste livro é, se me permitem a figura de estilo, a vigência desses conflitos que são atuais porque atuam na atualidade, porque são atos carregados de valores plasmados por populações de origem variada, na forte vivência da expansão da fronteira econômica, no momento histórico iniciado na década de 1970, na Amazônia, que aponta para outra matriz de racionalidade na apropriação de seus recursos naturais.
Uma obra com forte conteúdo empírico corre sempre o risco de comprometer a sua vigência. Todavia, não é este o caso. Embora o que está sob análise, e pelo modo como o está, seja datado, este trabalho se oferece claramente como obra aberta ao debate sobre o futuro da relação que a(s) sociedade(s), e não só a(s) que vive(m) na Amazônia, quer(em) estabelecer com a natureza. No último capítulo [da primeira edição], o autor se permite uma digressão, diga-se de passagem, perfeitamente autorizada por seu mergulho na tessitura das relações concretas, sobre temas mais gerais. Tal estilo recoloca a relação entre ciência e filosofia, entre fato e valor, um diálogo que, de certa forma, o debate ambiental vem fazendo.
A Morte Social dos Rios é um livro indispensável a todos os interessados no debate da questão ambiental e, academicamente, deverá estar presente sobretudo na leitura dos formandos e especialistas em sociologia, geografia, biologia e economia. Pela abordagem dada ao tema, no momento, infelizmente, não são muitos os livros deste calibre. Mesmo se se considere que a Amazônia possui uma bibliografia considerável, este estudo, indubitavelmente por sua originalidade, oferece uma perspectiva que lhe garante um lugar de relevo. A editora, com esta publicação, abre uma perspectiva das mais promissoras numa discussão que estava marcada por um consenso superficial em torno de ideias como o desenvolvimento sustentável, “que beneficiaria a todos”, e o da devastação e da poluição, “que prejudicaria a todos”. Sem dúvida, o livro de Mauro Leonel torna mais rico esse debate, porque traz a contradição para o cerne de uma questão a cujo respeito se fazia um falso consenso. Ele coloca de maneira brilhante a máxima de Pierre Bourdieu, de que é da natureza social a luta permanente para dizer o que é social. [1998]

Carlos Walter Porto-Gonçalves

Especialista em questões ambientais, é professor titular da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Coordenador Laboratório de Estudos de Movimentos Sociais e Territorialidades (do Lemto). É autor, entre outros, de A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização (Civilização Brasileira, 2006).

Especificações Técnicas

Especificação

ISBN9786555050011
TítuloA morte social dos rios
EditoraPERSPECTIVA
IdiomaPortuguês
Formato13.5 X 22.5 cm
Espessura2.6 cm
Páginas480
AssuntoSOCIOLOGIA
Tipo de CapaLIVRO BROCHURA (PAPERBACK)
Edição2ª Edição
Ano de Publicação2020

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Sinopse1Considerado de um ponto de vista mais teórico, este livro trata da questão sociedade e natureza, cultura e natureza, como tema transversal e em suas relações com a sociologia, a antropologia e a geografia. Socialmente, recorta-o com o conceito de conflito através do qual diferentes segmentos/grupos/ classes sociais se apropriam (protagonizam para tornar próprio) dos rios. Geográfica e antropologicamente, expõe os diferentes quadros de vida que se forjam na Amazônia, ensejando, inclusive, que se fale dela no plural – Amazônias.
O presente trabalho é de interesse para um vasto público e, ao mesmo tempo, tem um tratamento conforme os cânones da comunidade científica. Dentro do escopo teórico abraçado pelo autor, observa-se um desenvolvimento com coerência, o que confere consistência à sua argumentação ainda enriquecida pelo conteúdo empírico fartamente utilizado. Aqui talvez resida a maior contribuição deste estudo, na originalidade de sua abordagem: ele foge do lugar- -comum das obras sobre meio ambiente, ao tratá-lo abertamente como um tema contraditório.
O modo e o calor com que o autor conduz sua argumentação – insisto –, com forte conteúdo empírico, revelam não só uma rica experiência (pode-se mesmo supor vivência) mas, sobretudo, consistência teórica capaz de ordenar a rica empiria. Para a sociologia, a obra tende a ser uma referência não só por esse rico conteúdo empírico, o que pode agradar uma sociologia de forte inspiração empirista, mas, sobretudo, por oferecer uma alternativa consistente para a abordagem do tema do meio ambiente, incorporando conceitos de uma sociologia não funcionalista.
Oferece, por outro lado, mais do que uma afirmação dogmática dos princípios da contradição, da dialética, do conflito, ao considerá-los no movimento vivo das contradições da Amazônia. A questão, sem dúvida, é um desses temas transversais que se coloca com um desafio à humanidade e, também, à ciência, na medida em que a modernidade tende a com ela se confundir. Nesse debate, a Amazônia se coloca “naturalmente” como o “outro” da cultura no imaginário da modernidade ocidental e, por essa via, como uma referência obrigatória por tudo o que a região abriga de diversidade biológica e cultural. O autor nos permite ainda, dada a complexidade teórica a que se abalançou (a referência a E. Morin é explícita), expor o debate amazônico longe de uma abordagem naturalista, ao propô-la em uma perspectiva antropológica com uma boa aproximação de conceitos sociológicos. Evita, assim, o conceito totalizante e abstrato de cultura a arrastar para o terreno movediço do espaço-tempo em que ele é tecido.
A vigência deste livro é, se me permitem a figura de estilo, a vigência desses conflitos que são atuais porque atuam na atualidade, porque são atos carregados de valores plasmados por populações de origem variada, na forte vivência da expansão da fronteira econômica, no momento histórico iniciado na década de 1970, na Amazônia, que aponta para outra matriz de racionalidade na apropriação de seus recursos naturais.
Uma obra com forte conteúdo empírico corre sempre o risco de comprometer a sua vigência. Todavia, não é este o caso. Embora o que está sob análise, e pelo modo como o está, seja datado, este trabalho se oferece claramente como obra aberta ao debate sobre o futuro da relação que a(s) sociedade(s), e não só a(s) que vive(m) na Amazônia, quer(em) estabelecer com a natureza. No último capítulo [da primeira edição], o autor se permite uma digressão, diga-se de passagem, perfeitamente autorizada por seu mergulho na tessitura das relações concretas, sobre temas mais gerais. Tal estilo recoloca a relação entre ciência e filosofia, entre fato e valor, um diálogo que, de certa forma, o debate ambiental vem fazendo.
A Morte Social dos Rios é um livro indispensável a todos os interessados no debate da questão ambiental e, academicamente, deverá estar presente sobretudo na leitura dos formandos e especialistas em sociologia, geografia, biologia e economia. Pela abordagem dada ao tema, no momento, infelizmente, não são muitos os livros deste calibre. Mesmo se se considere que a Amazônia possui uma bibliografia considerável, este estudo, indubitavelmente por sua originalidade, oferece uma perspectiva que lhe garante um lugar de relevo. A editora, com esta publicação, abre uma perspectiva das mais promissoras numa discussão que estava marcada por um consenso superficial em torno de ideias como o desenvolvimento sustentável, “que beneficiaria a todos”, e o da devastação e da poluição, “que prejudicaria a todos”. Sem dúvida, o livro de Mauro Leonel torna mais rico esse debate, porque traz a contradição para o cerne de uma questão a cujo respeito se fazia um falso consenso. Ele coloca de maneira brilhante a máxima de Pierre Bourdieu, de que é da natureza social a luta permanente para dizer o que é social. [1998]

Carlos Walter Porto-Gonçalves

Especialista em questões ambientais, é professor titular da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Coordenador Laboratório de Estudos de Movimentos Sociais e Territorialidades (do Lemto). É autor, entre outros, de A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização (Civilização Brasileira, 2006).
Autor1LEONEL, MAURO

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