Leitura destinada a todos empenhados no bem-estar e na melhoria do indivíduo e da comunidade. O autor foi modificando o texto de acordo com a evolução de suas formulações e lucubrações político-filosófico-estéticas. Na tragédia, deslocou o problema individual da culpa de Empédocles (primeira e segunda versões), ou seja, da soberba, da hybris, de proclamar-se deus diante do povo, para o ângulo coletivo como redentor da humanidade (terceira versão) a fim de justificar a morte do filósofo no Etna. O autor vale-se do mito do filósofo, político, taumaturgo e poeta grego para criticar a Alemanha materialista e tecnicista de então, afastada dos deuses - Gottesentfernung - e antevê o retorno dos mesmos - Gottesnähe. Vislumbra assim a utopia de uma revolução do espírito, a renovação da interioridade individual alicerçada nos princípios da Revolução Francesa e do amor. O autor levanta questões como renascimento individual e dos povos, imortalidade da alma, purificação, dinamicidade, a missão do poeta e da poesia. Configura o papel social da literatura e da arte, preocupação esta inerente a seus contemporâneos. Influência sobre Nietzsche que chega a escrever o esboço de seu Empédocles, sobre Rainer Maria Rilke, Hermann Hesse e tantos outros.
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