Educar é, antes de tudo, fortalecer a consciência individual perante as pressões ambientais que a sociedade oferece ao sujeito desde o seu nascimento, de forma que o indivíduo não dissipe seus potenciais abundantes, falsificando-se para se adaptar e se acomodar aos restritores modelos econômicos e sociais dominantes. A maioria de nós carrega frustrações conscientes e inconscientes por não ter vivido até aqui "a vida que poderia ter sido e não foi".
Somos o Amor, mas ainda não sabemos disso. Somos o Espírito Infinito, mas não acreditamos Nele, ou continuamos procurando descobrir — longe de nós — onde Ele habita. Somos o voo da Liberdade, mas ainda moramos em gaiolas feitas de convicções sombrias. O socialista grita: "Os meios de produção regulados pelo Estado!". O capitalista grita: "A iniciativa privada sem intervenções!". Mas o Amor que nós somos poderia alimentar o mundo, e o Espírito que somos é a gênese cósmica de todos os recursos. Por que não conseguimos compreender essa equação matemática? Mostre-me um bem mais valioso do que a Vida ou um poder mais desejável do que a própia consciência, e eu me convencerei do meu equívoco.