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Formação da literatura brasileira
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SINOPSECARACTERÍSTICAS

Descrição

Este livro estuda dois períodos de nossa literatura, Arcadismo e Romantismo, considerados pelo autor decisivos para a formação do que denomina sistema literário, isto é, a articulação de autores, obras e públicos de maneira a estabelecer uma tradição. Esta gera a continuidade, que dá à produção literária o caráter de atividade permanente, associada aos outros aspectos da cultura. Este modo de ver diverge da historiografia tradicional, porque adota como critério classificatório a constituição da literatura como atividade regular na sociedade, não como expressão de algum sentimento nacional.No Brasil sempre houve a produção de textos importantes, desde Anchieta no século XVI. No entanto, segundo o autor, só a partir de meados do século XVIII começa a ser possível falar, não de obras isoladas, e sim do esboço de uma literatura propriamente dita. Portanto, o seu intuito não foi estudar toda a lite­ratura do Brasil, mas os períodos durante os quais ela adquiriu o caráter de sistema, conforme a definição acima. A partir deles, a literatura passou a ser uma instituição da sociedade, não sim­ples ocorrência de textos, por mais importantes que fossem, como são de fato, por exemplo, no século XVII os de Gregório de Matos (inéditos até o século XIX) e do padre Antonio Vieira; ou o de Rocha Pita na primeira metade do século XVIII.Mas a concepção de sistema literário é a moldura, não o essencial do livro, embora tenha sido o que chamou a atenção dos críticos. O essencial é o estudo analítico das obras, que o autor procura abordar em leituras renovadoras para o momento em que o livro foi preparado e redigido, isto é, de 1945 a 1957. Por isso, embora nos pressupostos e no tratamento geral ele proceda como historiador da literatura, o que lhe interessou mais foi atuar como crítico, de capítulo a capítulo, focalizando cada obra e pro­cu­rando estabelecer a sua correlação com as demais. Do ponto de vista metodológico, a sua ambição foi mostrar que a visão histórico-cultural e o tratamento estético podem combinar-se numa concepção integradora, graças à qual são possíveis leituras mais completas dos textos, pois levam em conta tanto a sua singularidade de objetos que devem ser tratados como se fossem autônomos, quanto a sua natureza de frutos de um processo histórico social no qual os homens reconhecem a sua imagem e a imagem do seu universo.Formação da literatura brasileira vem sendo editado há mais de quarenta anos em dois volumes, por vezes justapostos no mesmo tomo. Agora, sai em um só, tendo o autor unificado as informações biográficas e bibliográficas que antes apareciam no fim de cada um. Em 1959, quando este livro foi publicado, Antonio Candido ensinava Literatura Brasileira na recém-criada Faculdade de Filosofia de Assis, atualmente integrada à Universidade Estadual Paulista, onde esteve de 1958 até o fim de 1960. No começo de 1961 voltou à sua Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo como professor da nova disciplina de Teoria Literária e Lite­ratura Comparada.Entre 1959 e 1960 preparou três livros: O observador literário (ensaios), a seleção das poesias de Teófilo Dias e da obra ficcional de Graciliano Ramos, com introdução e notas. No mesmo período colaborou regularmente no suplemento literário de O Estado de São Paulo e, em 1961, ajudou Antonio Soares Amora, diretor da Faculdade de Assis, no planejamento do 2º Congresso de Crítica e História Literária, ali realizado.

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Sinopse1Este livro estuda dois períodos de nossa literatura, Arcadismo e Romantismo, considerados pelo autor decisivos para a formação do que denomina sistema literário, isto é, a articulação de autores, obras e públicos de maneira a estabelecer uma tradição. Esta gera a continuidade, que dá à produção literária o caráter de atividade permanente, associada aos outros aspectos da cultura. Este modo de ver diverge da historiografia tradicional, porque adota como critério classificatório a constituição da literatura como atividade regular na sociedade, não como expressão de algum sentimento nacional.No Brasil sempre houve a produção de textos importantes, desde Anchieta no século XVI. No entanto, segundo o autor, só a partir de meados do século XVIII começa a ser possível falar, não de obras isoladas, e sim do esboço de uma literatura propriamente dita. Portanto, o seu intuito não foi estudar toda a lite­ratura do Brasil, mas os períodos durante os quais ela adquiriu o caráter de sistema, conforme a definição acima. A partir deles, a literatura passou a ser uma instituição da sociedade, não sim­ples ocorrência de textos, por mais importantes que fossem, como são de fato, por exemplo, no século XVII os de Gregório de Matos (inéditos até o século XIX) e do padre Antonio Vieira; ou o de Rocha Pita na primeira metade do século XVIII.Mas a concepção de sistema literário é a moldura, não o essencial do livro, embora tenha sido o que chamou a atenção dos críticos. O essencial é o estudo analítico das obras, que o autor procura abordar em leituras renovadoras para o momento em que o livro foi preparado e redigido, isto é, de 1945 a 1957. Por isso, embora nos pressupostos e no tratamento geral ele proceda como historiador da literatura, o que lhe interessou mais foi atuar como crítico, de capítulo a capítulo, focalizando cada obra e pro­cu­rando estabelecer a sua correlação com as demais. Do ponto de vista metodológico, a sua ambição foi mostrar que a visão histórico-cultural e o tratamento estético podem combinar-se numa concepção integradora, graças à qual são possíveis leituras mais completas dos textos, pois levam em conta tanto a sua singularidade de objetos que devem ser tratados como se fossem autônomos, quanto a sua natureza de frutos de um processo histórico social no qual os homens reconhecem a sua imagem e a imagem do seu universo.Formação da literatura brasileira vem sendo editado há mais de quarenta anos em dois volumes, por vezes justapostos no mesmo tomo. Agora, sai em um só, tendo o autor unificado as informações biográficas e bibliográficas que antes apareciam no fim de cada um. Em 1959, quando este livro foi publicado, Antonio Candido ensinava Literatura Brasileira na recém-criada Faculdade de Filosofia de Assis, atualmente integrada à Universidade Estadual Paulista, onde esteve de 1958 até o fim de 1960. No começo de 1961 voltou à sua Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo como professor da nova disciplina de Teoria Literária e Lite­ratura Comparada.Entre 1959 e 1960 preparou três livros: O observador literário (ensaios), a seleção das poesias de Teófilo Dias e da obra ficcional de Graciliano Ramos, com introdução e notas. No mesmo período colaborou regularmente no suplemento literário de O Estado de São Paulo e, em 1961, ajudou Antonio Soares Amora, diretor da Faculdade de Assis, no planejamento do 2º Congresso de Crítica e História Literária, ali realizado.
Autor1CANDIDO, ANTONIO

Especificação

ISBN9788588777828
TítuloFormação da literatura brasileira
EditoraOURO SOBRE AZUL
Formato17 X 24 cm
Espessura3,90 cm
Páginas800
IdiomaPortuguês
AssuntoCRITICA LITERARIA
Tipo de CapaBrochura
Edição16ª Edição
Ano de Publicação2017

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